Representação em frases
Granjal, excerto 57
Texto: -
INF1 Olhe, ainda há pouco tempo eu tinha [vocalização] duas cabrinhas.
Andava a [vocalização] guardá-las.
[vocalização] Mas depois tive uma doença muito grande.
Ardeu-nos a casinha toda, não é?
E a gente ficámos na rua.
Ficámos numa casinha emprestada, velhinha.
Depois [vocalização] ele apanhou uma bron-, uma, uma uma tapação muito grande, [vocalização] uma bronquite;
e eu apanhei uma bronco-pneumonia.
Vieram cá os meus netos de Lisboa buscar-nos ambos dois a morrermos.
Estivemos para lá dois meses internados.
E E eu tinha aquelas duas cabrinhas.
E o meu homem quando ele ficou melhorzito, cá veio,
uma cabra tão bonita e uma cabrita.
Tive Tinha uma pena daquilo que eu sei lá!
E quan- E ovelhas, os meus pais – que Deus lhe perdoe –, o meu pai tinha…
Chegou a ter – não era, tia Fausta? – um rebanho de cento e tal cabeças [vocalização], gado que eu sei lá!
Tínhamos um um empregado, um criado,
e a gente íamos ter com eles às vezes, ajudá-las a guardar.
INF1 Também sim, minha senhora.
[vocalização] Ajuda a gente.
INF1 Levam-nos para fora, cá nas te- na serra e e nos campos.
Levam-se por aí fora para comerem adonde há os comeres, para comerem.
INF1 Para outras terras não, minha senhora.
[vocalização] Daqui não era preciso irem para outras terras que cá havia muitas comidas.
INF1 Agora não há cá é rebanhos.
INF2 Só quando as quando as levavam para a feira.
INF1 Há cá só um rebanho.
Há cá rebanhinhos pequeninos.
Era só para as feiras ou para as festas.
Os meus irmãos até o levavam a Santa Cruz.
Como era grande o rebanho e eram as ovelhas…
INF2 E à Senhora da Aparecida , à Senhora da Aparecida.
INF1 E à Senhora da Aparecida.
Edit as list • Representação em texto • Representação em frases