Representação em frases
Granjal, excerto 61
Texto: -
INF1 Olhe, minha senhora, tirava o leite da cabra;
e depois, que se ele ainda demorava a arrefecer, metia-o no numa vasilha com água, num alguidar, uma latinha com com o leite a arrefecer.
Depois de arrefecer, botava-lhe um bocadinho de de coalho,
mexia muito mexidinho com uma colher [pausa] grande.
INF1 Olhe, é duns vidrinhos que vêm da farmácia.
Utilizava-se também uma coalheira.
INF1 [vocalização] Não gostava .
Em primeiro, ainda dessa do coalho deles.
INF3 Antigamente Antigamente era das coalheiras.
Mas agora já não gostam das coalheiras.
INF3 Agora já Agora já pouco usam isso,
INF1 Primeiro era, então…
INF2 É o próprio leite que ele mama.
[vocalização] É um cabrito e cria-se;
quando chega a hora de ser m- – que é um chibo –, mata-se
INF1 Aquilo está cheiinho de leite.
e pendura-o lá num preguinho no ao pé do lume.
INF2 Depois fica uma massa.
INF1 Depois fica aquilo muito sequinho
e a gente corta assim um bocadinho –
desfaz muito desfeitinho num bocadinho de água, muito desfeitinho –
E depois com uma colher mexe-se muito mexidinho,
muito mexidinho, e põe-se a la- a latinha, ou [vocalização] a panelinha, ou que é, ali mansinha, num lugar [vocalização] onde esteja bem,
Depois a gente tem o acincho,
depois de coalhado, a gente, claro, lava o alguidar,
lava-se tudo para aquilo que…
Tem o acincho, tudo muito lavadinho.
E depois de tudo muito lavadinho, a gente põe o acincho dentro da francela,
põe um alguidarzinho a apanhar o soro – chamamos nós o soro, o que sai da coalhada –
Ou com um panelinho limpinho que a gente tem…
Eu tinha mesmo de propósito um pucarinho de alumínio para tirar.
Faz a gente ali o queijo com as nossas mãos,
espreme, até que faz o queijo.
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