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Larinho, excerto 15

LocationLarinho (Torre de Moncorvo, Bragança)
SubjectA agricultura
Informant(s) César Clara
SurveyALEPG
Survey year1996
Interviewer(s)Gabriela Vitorino Luísa Segura da Cruz
TranscriptionSandra Pereira
RevisionMaria Lobo
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMélanie Pereira
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF1 Ah, quem sabe !
[2]
INF1 Ah, sim, claro.
[3]
INF1 Pois é.
[4]
E é natural.
[5]
E até E até será natural.
[6]
E até será natural,
[7]
porque hoje a gente nem tem tanta saúde como tinha antigamente,
[8]
porque é tudo à base de quimas químicas.
[9]
Porque antigamente quase não se usava o adubo.
[10]
INF1 Agora não.
[11]
Agora é tudo à base de adubo
[12]
e tudo faz mal.
[13]
INF1 Sim não é? ,
[14]
tudo faz mal.
[15]
INF1 Depois fica degotada.
[16]
Fica degotada.
[17]
Os animais, as abelhas, tem levado muita coisa caminho com esta coisa das químicas.
[18]
Por exemplo, botar remédios à erva
[19]
hoje estes remédios para botar remédios à erva.
[20]
Ora, o animal, por exemplo, vai , por exemplo, as abelhas, ,
[21]
INF1 que é a coisa que anda mais no campo.
[22]
Ora, se está a erva envenenada, levam caminho, não é?
[23]
INF1 Portanto, e a gente come come muitos animais praticamente co- com este mal d- destas coisas, não é verdade?
[24]
INF1 Que é assim mesmo.
[25]
Portanto, a gente agora tem tendência
[26]
Dura menos
[27]
e [vocalização] as coisas estarem piores devido devido a isto, pronto, [pausa]
[28]
INF1 devido, pronto, a [vocalização] estas co-, estas químicas,
[29]
que deve ser estas químicas mesmo, pois.
[30]
Que é assim mesmo [vocalização].
[31]
As terras nem como o natural.
[32]
INF1 Nem como o natural.
[33]
INF1 Pois,
[34]
é como a gente
[35]
INF2 Nós, as batatas, é com estrume do do gado.
[36]
INF1 É como a gente, por exemplo, as carnes e as coisas que come.
[37]
INF1 Sim, pois não.
[38]
Por afora [vocalização], em certos lugares não estrume.
[39]
INF1 São.
[40]
Conservam mais.
[41]
É como, por exemplo, as carnes, os porcos e as galinhas, o que a gente comia antigamente,
[42]
era tudo à base do campo.
[43]
Hoje não é.
[44]
Portanto, [vocalização] e a gente come essas carnes
[45]
mas não nos dão saúde.
[46]
INF1 Porque é assim mesmo.
[47]
Não Porque são são feitas à base de
[48]
INF2 A gente mata um [vocalização] frango caseiro,
[49]
tem outro gosto que não tem o [vocalização] o dos sacos.
[50]
INF1 São dos aviários.
[51]
INF1 Porque, é claro, então então um [vocalização] pito, não é, para nós, para se pôr bom, leva quase um ano para se pôr bom.
[52]
Hoje [vocalização], num mês, põem um pito bom.
[53]
INF1 Portanto e os porcos e o resto é igual, [pausa] e vitelos, e tal.
[54]
INF1 Portanto [vocalização]
[55]
INF2 Eu, estas pitinhas que aqui tenho, as tenho [vocalização] três meses,
[56]
e não estão grande coisa.
[57]
INF1 Portanto, é assim.
[58]
E nós comemos isso tudo
[59]
e a saúde é assim mesmo.
[60]
Pronto.
[61]
E é isso.
[62]
É, é.
[63]
É assim.

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