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Larinho, excerto 17
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INF1 [vocalização] Coalho.
INF1 O coalho é o coalho…
INF1 Antigamente era o coalho de do que saía dos borregos.
INF1 É uma colh-, é uma O bucho.
Parece-me que é o bucho ou o bucho que eles têm que é que…
Têm dentro de uma mão o leite,
e depois daí é que se forma o coalho.
Depois ele, ao matar os borregos, tira aquilo,
a gente aproveita, seca, e guarda para fazer a para pôr depois no leite.
INF2 Quem tem cabritos, é dos cabritos;
quem tem cabritos, é dos cabritos que sai.
E [vocalização] E depois des- [vocalização] desfaz-se numa pinguinha de água.
Depois de o leite estar coalhado e composto, deita-se lá,
INF1 [vocalização] Coalhada.
depois, do soro, saem os requeijões.
INF1 Requeijões [pausa] do soro.
INF1 O requeijão, põe-se ao lume
e vai-se fervendo, fervendo, fervendo, até que ele tome uma, lentamente, até que forma uma coalhada
e depois dessa coalhada é que ele sai os requeijões.
INF1 Nos aros e na francela.
Primeiro [vocalização] era uma francela em madeira, antiga, não é?
Não, é comprida, assim deste tamanho,
e depois leva os aros para a gente, com umas patas…
E depois leva então os aros em cima,
a gente bota ali a coalhada
INF1 Só com leite de ovelha.
INF2 Quem tem cabra também faz só de cabra.
INF1 Quem tem cabra faz com um bocado de cabra.
INF1 E [vocalização] depois, pronto, não tem mais…
INF2 E bota-se [vocalização] o coalho nas arrequeijoeiras para os tais requeijões.
INF2 Para os tais requeijões, o coalho [pausa] do soro que se, que se que se forma, há um há umas arrequeijoeiras, uma coisinha assim pequenina, pronto.
INF2 Chama-lhe a gente arrequeijoeiras ou…
INF2 É de, de de zinco, espécie de zinco, vá.
Vai lá buscar uma requeijoeira.
INF2 É uma coisinha pequenina, vá.
Lá para baixo é uns cestinhos de em vime e outros em plásticos.
INF3 A minha mãe também tinha.
INF1 Também tenho desses plásticos.
Chamam-lhe as queijadinhas até, lá para baixo.
Uma Uma requeijoeirinha, depois tem assim este ra- cuzinho,
É uma espécie dum cuzinho para cima
e forma uma requeijoeira dum funil.
INF2 É espécie dum funil, praticamente.
INF1 Uns piquinhos em toda a volta.
No soro, não leva mais nada.
O soro, depois de estar preparado e composto, que saia do queijo, vai para cima du- duma panela ou duma caldeira –
de antigamente, era uma caldeira que fervia o soro;
a gente agora, às vezes, para não estar a acender lume, mete-o numa panela –,
mas antigamente era numa caldeira, e depois uma fateca,
mexe-se até que que ele saia aquela coalhada;
INF2 Que ele pega a coalhar.
INF1 e depois tira-se daí os requeijões para para a travessa e a e as malguinhas,
é que se fazem os requeijões.
INF2 Era as tais malguinhas.
INF1 Fateca, um coiso de mexer [pausa] o o pau.
INF3 Uma colher feita de pau.
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