Representação em frases

Larinho, excerto 33

LocalidadeLarinho (Torre de Moncorvo, Bragança)
AssuntoOs animais bravios
Informante(s) César Clara

Texto: -

[1]
INF1 Um lebrão.
[2]
INF2 É um lebrão.
[3]
INF2 É um coelhito.
[4]
INF1 [vocalização] Lebretinhas ou lebretinhos pequenos, vá.
[5]
Lebretinha ou lebretinho.
[6]
INF1 Os coelhos?
[7]
Os coelhos, em qualquer buraco que possam. Agora…
[8]
INF1 Quer dizer, há há garinceiros.
[9]
Também há há um lugar que lhe chamam garinceiros, que se metem lá, que os furões lhe botam fora.
[10]
Mas escondem-se em vários lugares.
[11]
Em qualquer buraquinho se metem e se escondem.
[12]
Mas em certos buracos, os furões não os botam fora;
[13]
agora nos tais garinceiros…
[14]
INF Quer dizer, [vocalização] o tal garinceiro é uma espécie duma casa.
[15]
São [vocalização] umas fragas grandes, que têm lá por dentro, que se metem lá até meia dúzia deles, se muito bem calha, [pausa] nos tais garinceiros.
[16]
INF1 É entre as fragas,
[17]
aquilo tem um buraco
[18]
e aquilo aquilo praticamente é guardado,
[19]
só tem uma entrada.
[20]
INF1 Só tem uma entrada
[21]
e então no momento que os vejam entrar para lá, metem-lhe o furão
[22]
e têm que vir ali à entrada em que entraram
[23]
que não há mais.
[24]
E então depois apanham…
[25]
INF1 Há muitos buracos:
[26]
mesmo entram por uns,
[27]
saem por outros;
[28]
e às vezes escondem-se em qualquer buraquinho,
[29]
a gente vai lá ver,
[30]
julga que que o apanha,
[31]
já vai embora por aquele.
[32]
E é isso o buraco dos, dos dos garinceiros.
[33]
INF1 Isso chamam lorgas.
[34]
INF1 Rhum-rhum.
[35]
É lorga.

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