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Vale Chaim de Baixo, excerto 5
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INF1 O mantulho era aquela coisa que enrolavam à roda da palha para o trigo para a, para o…
INF2 Para o trigo não cair tanto.
INF1 Para o trigo e para a palha não sairem dali.
INF1 Porque a gente quando tendo a mão muito aberta, assim, há uma medida que já não está a abarcar demais.
INF2 Uma mancheia de aveia.
Passava-se assim pelo dedo.
Em indo, passava-se pelo dedo.
aquilo era já um um manchorrão de trigo que…
E depois, quando chegasse quando…
Depois de já ter aceifado três ou quatro horas, ou as que for – aquilo era quase sempre três horas a aceifar, que a gente tínhamos sempre umas…
Aí às onze horas até ao meio-dia era para atar.
Era então fazer o tal o tal mantulho.
Era o mantulho que a gente fazia.
À paveia, à [vocalização] primeira mancheia que a gente fazia, aquilo era o mantulho.
INF1 E depois do mantulho, era quando se fazia a paveia
e que deitava-se no chão;
e depois quando se fosse atar, [pausa] tiravam-se…
Chamava-se tirar o atilho.
pegava-se nessas paveias,
punha-se em cima [pausa] do atilho,
A murça é aquela parte de enrolar de enrolar o atilho o atilho, no no atilho para se ele não não sair.
INF1 Que aquilo não, não não se dá o nó.
INF1 É a maneira de atar.
INF1 É a maneira de [vocalização] atar na ponta do atilho.
INF1 É mesmo à maneira de de atar o molho.
INF1 De atar o molho e fazer o atilho.
se for aí desta malta aqui e ali, se for fazer [vocalização] uma murça num atilho, não dão feito.
INF1 Não dão feito, que aquilo…
Pronto, ficava o molho de trigo.
INF1 Então isso uma gavela era a gente fazer uma mancheia de trigo muito grande, muito grande, fazer com cinco ou seis mantulhos.
Tal não é a gavela que aquele fez"!
INF1 Era uma paveia muito grande.
Até dizia assim: "Olha, [pausa] aquele gajo fez fez uma gavela tão grande ou fez três ou quatro gavelas que deu logo um molho".
INF1 Já, já n- Já não ia à paveia.
INF1 Já era era logo gavelas.
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