Representação em frases

Vale Chaim de Baixo, excerto 8

LocalidadeVale Chaim de Baixo (Odemira, Beja)
AssuntoOs cereais
Informante(s) Cirilo Ciro

Texto: -


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[1]
INF2 Limpa-se.
[2]
INF1 Limpavam,
[3]
ju-, ju- ajeitavam aquilo hum? ,
[4]
começavam a limpar com o vento.
[5]
INF2 Quando fizesse vento, jogava-se a palha.
[6]
INF1 O vento ne- O vento, nesse tempo estava sempre da maré.
[7]
INF1 Da maré era aqui do lado, aqui do lado, daqui deste lado.
[8]
E então calhava calhava
[9]
INF1 Do lado daqui do [vocalização] poente.
[10]
INF1 Acarreava-se as tais forquilhas ? ,
[11]
e a gente [pausa] jogávamos sempre a palha, o triguinho pelo para o lado do vento.
[12]
INF1 Era,
[13]
era,
[14]
era
[15]
INF1 Era aventejar.
[16]
Aventejar o trigo.
[17]
Pois.
[18]
[pausa] Toca de aventejar.
[19]
Depois de o trigo estar todo a palha tirada, [pausa] pois, era padejado.
[20]
Com uma , toca de dar à .
[21]
INF1 Pois.
[22]
com uma .
[23]
Uma e [vocalização] uma pessoa com uma vassoura, varrendo as palhas.
[24]
INF1 É uma É uma vassoura.
[25]
INF1 Vassoura.
[26]
Vassoura de lantisco.
[27]
INF1 Essa pessoa estava varrendo, limpando.
[28]
Estava limpando o trigo das palhas.
[29]
Pois.
[30]
Ou estava limpando as palhas do trigo,
[31]
vamos assim.
[32]
Estava limpando as palhas do trigo.
[33]
INF1 Pois.
[34]
INF1 Não.
[35]
Co- Conhar não.
[36]
INF1 Não.
[37]
Não.
[38]
É varrer.
[39]
Varrendo as palhas do trigo.
[40]
INF1 Pois.
[41]
E [vocalização]
[42]
INF1 Era padejar o trigo.
[43]
Padejando.
[44]
Toca de padejar.
[45]
[pausa] E depois de o trigo estar todo padejado
[46]
INF1 Saía munha.
[47]
Saía munha e .
[48]
[pausa] Pois.
[49]
Pois.
[50]
E a gente depois [vocalização] de estar todo padejado o trigo estava num cavalo;
[51]
estava num num co-,
[52]
pois, num ca-, chamamos-lhe um mon-, um monte ou um cavalinho de trigo;
[53]
chamava-se-lhe um cavalinho de trigo.
[54]
INF1 Pois.
[55]
Assim, por afora.
[56]
INF2 Um moitão.
[57]
INF1 Assim Assim uma tira, uma tira assim por afora.
[58]
INF1 Era.
[59]
Porque a gente ia padejando
[60]
INF1 Pois, a meio a meio da eira.
[61]
Pois.
[62]
Era o cavalinho de trigo.
[63]
INF1 E depois de estar com esse cavalinho feito, [pausa] tínhamos então o tal arneiro, que era um
[64]
INF1 Era duas pessoas.
[65]
Um arneiro.
[66]
Um arneiro todo tapado em buraquinhos por baixo [pausa].
[67]
Um arneiro grande feito em numa folha de zinco, com uns arcos em ferro cruzados por baixo, para o para a folha não, não não baixar, não, ser ser mais resistente
[68]
e por fora era a madeira.
[69]
INF1 Não, era redondo.
[70]
INF1 Era redondo.
[71]
Não era rectângulo.
[72]
INF2 Tinha.
[73]
Umas asas.
[74]
INF1 Uma, uma, uma Pegar, pegava a gente por baixo.
[75]
E havia uns que tinham asas.
[76]
INF1 Pois.
[77]
Ti-, ti- Tinha umas cordas.
[78]
INF2 Pois.
[79]
INF1 Tinha umas cordas.
[80]
Era umas cordas.
[81]
Aquilo era furado,
[82]
aquilo era assim,
[83]
e depois tinham assim um buraco,
[84]
aqui tinha outro,
[85]
e aqui assim levava uma corda,
[86]
e o fulano agarrava aqui numa corda deste lado
[87]
e agarrava outro daqui
[88]
e punham ali.
[89]
E a gente depois,
[90]
[91]
Duas pessoas iam a prantar trigo para dentro do joeiro, do pois, do arneiro,
[92]
[pausa] e a gente toca de arneirar.
[93]
INF1 Toca.
[94]
Hum?
[95]
Aquilo é Aquilo dava uma parte interessante.
[96]
Arneirar o trigo!
[97]
INF2 Pois é.
[98]
INF1 Arneirar.
[99]
Toca de arneirar.
[100]
INF2 Eu hoje Hoje, se for a fazer isso, ninguém sabe

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