Representação em frases

Vale Chaim de Baixo, excerto 19

LocalidadeVale Chaim de Baixo (Odemira, Beja)
AssuntoO linho, a lã e o tear
Informante(s) Constança

Texto: -


[1]
INF Antigamente semeava-se o li-, a linhaça.
[2]
A linhaça.
[3]
Semeava-se a linhaça,
[4]
depois dava o linho
[5]
e depois era apanhado aos molhinhos
[6]
e depois de estar aos molhinhos, nós levávamos para um lago, que era um
[7]
Água.
[8]
Um lago de água, não é?
[9]
Depois estava
[10]
INF Sim, numa ribeira.
[11]
Estava
[12]
parece-me que eram oito dias ou mais ,
[13]
depois ia-se ,
[14]
tirava-se o linho aos molhinhos
[15]
e punha-se a enxugar.
[16]
Depois de estar enxuto [pausa] não é? , [vocalização] havia um uma coisa que, um, um um serreiro, uma coisa para a gente [vocalização] gramar chamava-se gramar o linho:
[17]
fazia-se assim
[18]
INF Era um
[19]
Ai,
[20]
como é que se chamava?
[21]
Não me lembra o nome disso.
[22]
Não me lembra agora.
[23]
INF [vocalização] Não.
[24]
Aquilo era Pois, o linho era era ma- malhado.
[25]
Malhado.
[26]
Aquilo era malhado com um malho
[27]
e depois é que ia para esse sed-
[28]
é um sed-,
[29]
parece que é um sedeiro, que fazem assim ,
[30]
depois daí é que se fazia a estopa e o linho [pausa] para se fiar.
[31]
INF Para se fiar.
[32]
Para Para fiarem.
[33]
INF E depois é que ia para para as tecelagens, para a família tecer, que era para fazer o pano, para col- para colchões, para lençóis, para camisas, para essas coisas todas.
[34]
INF Pois é.
[35]
INF Era fiado.
[36]
Isso era fiado.
[37]
INF Tinha que se fiar.
[38]
Fiava-se o linho.
[39]
[pausa] Fiava-se o linho
[40]
e depois
[41]
Minha avó
[42]
INF Eu não.
[43]
[vocalização] Mas ela, aqui a vizinha, sabe fiar.
[44]
INF A vizinha sabe.
[45]
INF E tem uma roca.
[46]
INF Tanto que quando fizeram este ano aqui uma exposição, aqui na aqui nas Amoreiras, [vocalização] ela levou ali as coisas dela.
[47]
INF Ela tem uma dobadoira, que aquilo depois era feito em meadas,
[48]
e essas coisas todas.

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