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Vale Chaim de Baixo, excerto 57
Text: -
INF1 Onde aprendi era capaz de não dar…
não da- Não davam os mesmos nomes que davam aqui.
Aprendi na serra de Santo António.
Não sei se as senhoras sabem onde é…
INF2 Ao pé [vocalização] de Mira de Aire.
INF1 Fui aí por aí acima correndo mundo,
fui para a para a vindima de e fui para o varejo.
E depois lá o patrão mesmo onde é que eu trabalhava – ele até fazia teares –
e o genro dele tinha lá uns poucos de empregados.
INF1 Depois deu-me ele em dizer: "Se quiser, a gente ensina-o"!
E depois até ele, n- num sentido, ainda me enganou, porque não valia a pena.
Disse-me assim: "Ah, eu, [pausa] o trabalho que você fazer, pago-lhe.
"Não lhe quero levar nada"!
De resto, o trabalho que lá fiz, não me pagou nada"!
INF1 Andei eu lá dois meses só a fazer aquilo.
INF1 E o que me ele me ensinou, até mesmo ele lá depois disse assim: "Se não aprenderes mais que o que te eu ensino"!
Ele então disse a verdade logo!
Mas a sogra também sabia.
Uma vez prantou-me ele lá uma teia para mim [pausa] [vocalização] urdir,
e nem sequer era para para mim tecer,
era lá para umas outras empregadas.
quando ele voltou, eu tinha-a urdida,
mas a a senhora – que era a velhota, era a sogra dele, andava por ali,
tinha ali um aviário, tratando das galinhas –
quando ele lá chegou, eu tinha aquilo já tudo [pausa]
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