Representação em frases
Lavre, excerto 36
Texto: -
INF1 Havia quem lhe [vocalização] chamasse selhas, em madeira.
Mas a gente era em alguidares de barro, alguidares grandes de barro.
No tempo das minhas avós eram assim.
INF1 Ai, que desse logo para uma semana.
INF1 Uns doze pães de quilo ou [vocalização]…
INF1 Com toucinho cozido.
Isso era as merendeiras, pá.
INF1 Com toucinho cozido.
INF2 Fazia-se Fazia-se as merendeiras, não era, que era eram mais pequenas.
Guardava-se um bocado de massa:
"Ó mãe, a gente quer um bolo"!
Guardava um bocado de massa,
lá ia ao prato do toucinho…
Porque todos os dias se fazia cozido;
ia-se guardando sempre toucinho – não era?
A gente andávamos não éramos cheios de [vocalização] aquelas coisas, não era,
E então, o toucinho era todo limpinho,
tirava-se alguma folhinha de hortaliça que tivesse agarrado – não era? –
aquilo era tudo esmagado junto à massa.
INF2 Junta-se junto à massa.
E, às vezes, até com bocadinhos de linguiça cozida,
mas isso a linguiça sobrava sempre menos.
Sobrava mais era o toucinho.
E outras vezes: "Ó mãe, mas faça agora bolos doces".
E então ela punha açúcar [pausa] e banha.
Naquela massa [pausa] fazia bolos.
INF1 Metia às vezes um bocadinho de canela, também.
INF1 Ficavam muito bons aqueles aqueles bolinhos.
INF2 [vocalização] Bem, isso põe-se uns poucos de farelos por cima;
punha-se, [pausa] para saber…
INF2 A minha avó A minha avó punha, ta-, tapa- tapava com uma toalha o pão,
depois punha-lhe [pausa] os [vocalização] os farelos ali por cima,
INF2 E depois E depois quando o pão estava a fintar, até o farelo via-se, começava a arregoar.
INF1 O farelo a arr- a arregoar.
INF2 Via-se aquelas arregoas no farelo,
diziam: "Olha, o pão está a fintar já bem, e coisa"!
INF1 "Deus te acrescente que é para muita gente"!
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