Representação em frases
Ponta Garça, excerto 5
Texto: -
INF1 E erva-santa também que cheirava muito bem.
INF2 Para largar aquele cheirinho.
A senhora sabe o que é erva-santa?
INF1 É uma erva que dava nas pastagens, que espigava e que cheirava muito bem em casa, quando ela estava seca.
INF1 E as mulheres até gostavam muito,
Havia muita casa era de terra.
não havia esses azulejos,
não havia esses tijolos de agora.
e, pelas festas, elas gostavam das casas enf- assim com aquele cheiro daquela erva-santa no chão, ou então ramada de pinho, ou criptoméria também.
e não estavam com os pés no chão.
INF1 Era só nas alturas das festas que usavam isso – e de Verão quando havia quando havia a tal erva-santa.
Que então de Verão é que havia a erva-santa,
que traziam muita e era o que se usava nas festas.
Mesmo as pessoas traziam aquilo já [pausa] já para dar um cheiro em casa.
E a casa estava sempre mais bem atimada.
INF2 Eu, em casa, também era isso.
INF1 Primeiro, [vocalização] ela nascia por si, a erva-santa e a erva da terra.
Depois é que [pausa] é que começavam a vir mais: o trevo, azevém, aquilo tudo.
Mas no tempo era só erva que nascia para ali e que dava muita erva-santa.
INF2 Há azevém de várias qualidades.
INF1 Há azevém de muitas qualidades.
INF1 Há um azevém rijo aí que ele eu acho que é parecido com isso.
INF3 Eu não Eu não conheço o joio.
Só conheço o joio é do evangelho!
Eu não sei o que é joio – não é?
INF1 Ele [vocalização] é como eu Ele é um [vocalização] espé- uma espécie de erva rija…
INF1 Uma erva muito rija.
INF1 Uma espécie de junco, de de junco.
INF1 Mais baixinho, mais…
A senhora sabe o que é a junqueira?
INF1 Uma junqueira que é de fazer capa-.
INF1 E faziam capachos, no tempo, de junco.
O joio é uma coisa mais miúda do que isso, mas rija.
O an- O animal não gosta disso.
É uma erva que não era boa.
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