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Ponta Garça, excerto 13

LocationPonta Garça (Vila Franca do Campo, Ponta Delgada)
SubjectNão aplicável
Informant(s) Amílcar
SurveyALEPG
Survey year1996
Interviewer(s)João Saramago Gabriela Vitorino
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMélanie Pereira
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF Eu vou Eu vou-lhe dizer:
[2]
que no tempo que o senhor visconde que eu não sei se o senhor conhece o senhor visconde ele arroteou esses matos que têm muita pastagem que é esse senhor visconde que tem aqui o prédio aqui na Senhora da Vida , este homem deitou muitos homens a cavar mato, não é?
[3]
E na-, e na-, estes [vocalização] Estes homens que estavam a cavar mato, havia três ou quatro rapazes a acartar água.
[4]
O serviço deles era acartar água para os trabalhadores.
[5]
Iam à nascente,
[6]
acabavam [vocalização] aquela água,
[7]
iam buscar mais.
[8]
Mas isso é rapazitos que estão mesmo por conta do dono.
[9]
Agora, ele haver gente de acartar água, nunca houve.
[10]
d- Quando metem muita gente a trabalhar, como esse senhor visconde meteu muitos homens a cavar mato
[11]
INF Não senhora.
[12]
O dono de, da da vindima leva um água para baixo.
[13]
Acaba aquela água,
[14]
vai um trabalhador
[15]
Acaba aquela água,
[16]
precisam de mais água,
[17]
vai um trabalhador que está trabalhando:
[18]
"Vem acima,
[19]
ali à fonte encher mais um, um [vocalização] um garrafão de água ou uma jarra de água".
[20]
Que no tempo havia muitas jarras que era ele em barro [vocalização].
[21]
"Vai buscar mais água"!
[22]
Não.
[23]
Ele nunca havia uma pessoa agora
[24]
INF para isso.

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