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Arcos de Valdevez, excerto 16
Text: -
INF O linho vinha do campo, não é?
E depois ele fazia aquilo,
INF Era eu e o meu marido;
agora aqui não existe nada disso.
ele parece-me a mim que não existe.
havia aqui na Ponte de na Ponte Velha,
havia ali a Fábrica da Andorinha – chamavam Fábrica que era dos Andorinha –;
acolá em baixo era outro;
ali em Santar havia mais.
Até quase que a juntar-se ao rio da Barca.
E agora não trabalha ele nenhuns.
E ali, e o, e o E havia o do Espírito Santo, que é acolá na Valeta.
INF Acolá na É acolá quem vai de…
Quem vem na estrada a fazer a curva na, na ponte – na ponte, no pontilhão! –, também havia abaixo um [vocalização] moinho.
Para tirar do rio só era só esta.
Até ainda está ali o [vocalização]…
Ainda está ali a coisa a [vocalização], o [vocalização] de pôr o eixo.
INF E aqui era o ribeiro.
Até lavava aqui, olhe, de pé.
Tinha aqui Tem aqui as pedras, oh!
INF Ia o reguinho por ali fora que era para regar este campo todo.
Agora [vocalização] o senhor d- [vocalização] daqui, o caseiro, morreu [pausa] – que morava naquela casa ali, naquela velhota.
E depois era esse E depois a mulher foi para a casinha dela, não é?
Não tinha água para regar o campo, pronto, não…
Agora está isto tudo velho.
Ninguém quer do, ninguém Ninguém trabalha de terras agora.
Porque o milho está barato.
Onde um É o que está mais barato e coiso;
é o que é o que dá mais trabalho
e é a coisa que está mais barata.
E agora há menos trabalho nos campos.
INF Porque eu fui criada nisso,
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