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Melides, excerto 15

LocationMelides (Grândola, Setúbal)
SubjectNão aplicável
Informant(s) Graziela Galeno Graciosa
SurveyALEPG
Survey year1980
Interviewer(s)Gabriela Vitorino Celeste Augusto
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMárcia Bolrinha
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF1 Então aquilo que que ele cantou ali outro dia
[2]
INF2 Isso é moderno.
[3]
INF1 Então aquilo, aquela aquela cantiga que tocou ali o outro dia na guitarra,
[4]
então ouve-se aquilo a alguém? aquela "A Aurora tem tem um menino tão pequenino".
[5]
INF2 "A Aurora" é muito antiga, não é?
[6]
INF1 Ó Galeno, aquilo é antiguíssimo!
[7]
INF1 O rapaz tocou ali aquilo.
[8]
Eh! Eu, eu [vocalização] Eu não pude gostar mais daquilo!
[9]
INF2 E ele tocou.
[10]
INF1 Pois.
[11]
Ali o [vocalização] o irmão aqui do genro dele [pausa] tocou ali "A Aurora tem um menino tão pequenino".
[12]
INF2 Então e "O cochico da menina"!
[13]
"O cochico da menina" também eles tocam isso.
[14]
INF1 Agora o de moderno outra vez.
[15]
INF3 Até porque eles tocam "A Aurora tem um menino" mas eles não tocam bem, bem como ela era de antigo, está bem?
[16]
INF3 tem mais ou menos coisas que é mais moderno.
[17]
INF2 Mais ou menos.
[18]
[vocalização] Vai passando, não é?
[19]
INF1 Pois.
[20]
INF3 Pois.
[21]
INF1 Então e o Idálio também é engraçado.
[22]
Então.
[23]
[vocalização] Como é que eles cantaram os versos ali de "A Aurora tem um menino"?
[24]
INF3 Não sei,
[25]
eu não estava .
[26]
INF1 Eu não me lembro bem a canção.
[27]
Como a minha mãe cantava era: "A Aurora tem um menino tão pequenino,
[28]
e o pai quem será?
[29]
Não é de freira nem frade,
[30]
nem é de coxinho, nem é de [nome]".
[31]
Era assim que ela cantava.
[32]
Mas havia quem não percebeu bem como é que eles cantaram os versos.

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