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Melides, excerto 17

LocalidadeMelides (Grândola, Setúbal)
AssuntoO oleiro
Informante(s) Galileu

Text: -


[1]
INF Não.
[2]
INF levandem alguma porrada que se partam.
[3]
INF Uma vez é que uma senhora aqui era uma tia da minha mulher ia ali a um rapaz que tinha uma oficina em baixo
[4]
muito, muito tempo,
[5]
aquilo uma porrada de anos.
[6]
E depois ele não tinha púcaros, para fazer o café, cozidos.
[7]
E o ba- E o barro era encarnado
[8]
parecia aquilo que estava cozido.
[9]
Risos E depois diz: "Então e não vendes-me um púcaro destes, Ilídio"?
[10]
"Não lhe vendo, não senhor!
[11]
Isso estão crus"!
[12]
"Ah, estão crus!
[13]
Estás-me é a querer enganar!
[14]
Não me queres é vender"!
[15]
E ela tanto, tanto, tanto chateou o moço, vendeu-lhe o púcaro.
[16]
Ora, o púcaro estava cru!
[17]
Risos Chegou a casa,
[18]
, encheu o púcaro de água.
[19]
O púcaro estava seco,
[20]
aguentava.
[21]
Andou
[22]
[pausa] O púcaro ao lume
[23]
e, olhe, se foi governar.
[24]
Daí a bocado quando veio de , aquilo estava tudo esborralhado,
[25]
Risos o chá fora.
[26]
Depois veio de ,
[27]
guerreou com ele: " Me enganaste"?!
[28]
"Eu não a enganei!
[29]
Então mas não lhe disse uma data de vezes que a senhora que isso não estava capaz!
[30]
A senhora foi teimosa,
[31]
levou;
[32]
não tenho a culpa que eu bem lhe disse"!
[33]
Risos [vocalização] Ora, pois a senhora estava zangada com ele porque tinha-o enganado.
[34]
Então aquilo não estava cozido!
[35]
Ele não lhe disse logo uma data de vezes que aquilo estava cru?
[36]
Ela queria era levar o púcaro que tinha muito preciso.
[37]
[vocalização] Oh!
[38]
Quando veio de aquilo estava tudo esborrachado .
[39]
Risos Pois.

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