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Melides, excerto 48

LocalidadeMelides (Grândola, Setúbal)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Galiano Graziela

Text: -


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[1]
Sei !
[2]
Também era também também maluco!
[3]
Sempre, se calhar, uma mão, se calhar, sempre podia meter.
[4]
Mas umas vezes metia uma mão outras vezes e outras vezes outra
[5]
e ficava sempre uma mão para cuidar do farnelzinho
[6]
ainda gaiato pequeno,
[7]
pois tinha nove anos.
[8]
[vocalização] Ele o que o que sei é que passei um Inverno mais desgraçado.
[9]
Chegou-se o fim de do Inverno,
[10]
eles venderam os porcos,
[11]
não tinham preciso de mim,
[12]
fui logo ali para outra casa, logo para o , que era [pausa] por conta de da tia Helena, que ainda hoje essa senhora chamam-lhe a tia Helena , que ainda hoje é viva.
[13]
Uma que é mãe dum dum que aparece que ainda, que há-dem talvez talvez que a senhora tenha ouvido falar nele, um que lhe chamam o Minhoca?
[14]
Por conta del- Por conta dessa mulher mais desse homem é que eu fui.
[15]
Bom, esse Minhoca ainda não tinha nascido sequer!
[16]
Hoje é um homem velho,
[17]
mas nesse tempo ainda não tinha nascido!
[18]
[vocalização] Olhe, até me parece que ela que estava em jeitos de ter esse Minhoca quando eu estive.
[19]
Mas não não me recordo bem.

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