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Monsanto, excerto 1
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INF1 Mexe-se bem com esta coisa que é – chamam-lhe a pataca.
Mexe-se o leite bem mexido.
Põe-lhe aquele plástico por cima.
Daqui por uma hora e pouco, a gente vem cá e [vocalização] está coalhado mesmo.
Depois vou [vocalização],
[vocalização] eu faço assim, não é, no leite.
corto, que é para não vir a coalhada tão grossa .
[pausa] Depois tenho as formas [vocalização] sem nada, já limpas.
Vou deitando com esta malga.
Ponho duas malgas [vocalização] em cada em cada acincho, em cada forma.
INF1 Depois a primeira [vocalização] a primeira parte, quer dizer, desfaz-se um bocadinho.
Dou-lhe uma mexidela, que é por causa da [vocalização] de a massa ficar [vocalização] unida.
INF1 Depois torno a deitar a outra malga.
Depois começo a espremer, a espremer, a espremer até ficarem assim.
INF1 Isto, olhe [vocalização], eu não sei.
Ist- Não sei o nome que lhe dão,
mas isto é uma ripa qualquer.
INF1 Esta Esta chamam-lhe [vocalização] uma pataca.
Diz Diz-se que é que lhe chamam uma pataca.
INF1 Isto eu [vocalização] não sei.
Isto é [vocalização] é como que é uma régua, [pausa] que isto é mesmo para a gente [vocalização], quer dizer, cortar.
O leite está [vocalização] A coalhada está rija,
ficam aqueles quadradinhos ao parece talhadas de pudim.
INF1 Eu, o meu queijo passa de um quilo.
Há uns que passam de um quilo,
A gente tempera amanhã [pausa] dois ou três.
Estes, [pausa] é para o lanche.
Quer dizer, são só assim…
Ponho-lhe até só uma coisinha de nada de sal porque é para comer em fresco.
Logo, ao lanche, já o levo.
Eu tenho ali uns dois ou três pequeninos!
Ficam mesmo engraçados destas formas pequeninas!
INF1 Estes são os que fiz hoje.
INF1 Ficam aqui, ou até [vocalização] amanhã ou até logo à tarde.
Eu, às vezes, quando tenho tempo à tarde, venho e salgo e ponho para além.
Depois de manhã [pausa] venho pôr a mesa para o café, nesta lida lenda do [vocalização] da criação e do leite e assim…
E quer dizer, se os deixar salgados, para mim já é um bocadinho mais de adiante.
Quando não, salgo-os de manhã.
INF1 E depois coze-se, minha senhora.
Por exemplo, aquele [pausa] soro – este é para os porcos, que está mais sujo,
mas aquele ainda está limpinho.
A gente, agora, se o puser a cozer, fica requeijão.
Fica Fica aquela coalhada [pausa] rija, que lhe chamam requeijão.
INF1 Põ- A gente põe ao põe ao lume…
não se pode deixar porque ele pega-se apega-se.
De vez em quando tem que se lhe dar uma mexidela.
E quando ele começa a vir aquela [vocalização] o, o, quer dizer [vocalização], a massa, que lá dentro que ela lá dentro tem aquela coalhada que daqui vai saindo.
INF1 E depois Depois a gente, quando já está a vir assim acima, já se não mexe.
[pausa] e depois fica então aquele requeijão assim mesmo duro, assim bom.
Que há pessoas que até gostam muito [pausa] de requeijão.
esse é o soro que sai daqui [pausa] , da coalhada.
INF1 [vocalização] Isso é a água.
Isto foi de eu enxaguar a francela.
INF1 Já não tem Não tem nada.
INF1 Mas aquele, se a gente o puser ao lume agora, corta.
Quer dizer, toma aquela massa,
INF1 Costuma-se a dizer que depois fica [pausa] é requeijão, é travia.
Costumam-lhe a chamar requeijão.
Com açúcar [vocalização]!
INF1 Depois de cozido, é muito bom com açúcar!
Há pessoas que comam com açúcar, outras sem açúcar.
Mas ele eu, por acaso, quem cá costuma a comer quase sempre lhe deitam açúcar.
Bom, ele eu, o senhor Amadeu e a senhora [pausa] é raro.
Mas, por exemplo, têm um sobrinho – diz que é médico – e assim mais pessoas,
E, às vezes, quando estão, eu já tenho feito, já tenho fazido.
Quando lo– Olhe, logo, faço-lhe isto.
[pausa] Tiro-lhe estas formas.
INF1 Não faz mal nenhum [vocalização].
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