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Monsanto, excerto 6

LocationMonsanto (Idanha-a-Nova, Castelo Branco)
SubjectA agricultura
Informant(s) Amândio
SurveyALEPG
Survey year1980
Interviewer(s)Gabriela Vitorino
TranscriptionSandra Pereira
RevisionErnestina Carrilho
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationCatarina Magro
LemmatizationDiana Reis

Text: -

[1]
INF Só esta terra não.
[2]
Sou da quinta toda.
[3]
INF Não senhor.
[4]
INF Pois.
[5]
Mas os homens, minha senhora, já não há homens.
[6]
Já a gente tem que trabalhar.
[7]
Olhe, eu, [pausa] há [vocalização] três dias, [pausa] corri aqui quase tudo em volta para arranjar um homem, [pausa] para vir para aqui para o meu lugar.
[8]
Eu não o encontro,
[9]
tenho que eu ag- aguentar.
[10]
Pois se eu não, não não acho pessoal.
[11]
INF Tenho que eu aguentar a coisa.
[12]
INF A gente Ele está assim desta maneira.
[13]
Depois Pois no campo, ninguém quer saber do campo.
[14]
A vida agrícola, ninguém quer saber dela.
[15]
Estamos nesta crise que [pausa] terá que se ter de deixar isto e abandoná-lo.
[16]
.
[17]
Os criadores hoje, andam aí apenas estes [pausa] sete homens [pausa] a tosquiar,
[18]
[pausa] há há centenas deles à espera deles.
[19]
Que é aquilo que eu outro dia lhe disse,
[20]
esses que aqui têm estado, é aí a toda a hora [vocalização] à procura deles [pausa] para irem tosquiar.
[21]
INF De maneiras que isto tem tem mesmo tendência…
[22]
A vida agrícola está muito mal má!

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