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Monsanto, excerto 21
Text: -
INF Primeiro diziam assim: "Ah, você vai arranjar a casa.
Agora, [pausa] você [vocalização] vai para velho.
O que é que você quer arranjar"?
E ele diz: "Opinião alheia"!
Deixe que vamos a arranjar a casa
e depois é que havemos de falar.
"Eh homem, não te aflijas!
[pausa] Eu tenho [vocalização] boas amigas.
Elas já me disseram que vá lá todas as semanas comer das suas batatas!
mas quero a casa arranjada"!
"Lá estou eu que é verdade.
Sou capaz de [vocalização] Eu sou capaz de pedir uma esmola,
mas quero a casa arranjada.
Não quero aqui estar como estamos.
Não quero que os meus filhos tenham o desgosto de viver…
aqui chamam, como a que é uma cabaninha".
Ao menos fico com uma casinha regular.
INF Com que agora, depois que a arranjou agora já: " Vês que já tiveste dinheiro?
Já, já Já houve dinheiro para.
e ainda ficámos com dinheiro".
E já pus a luz [vocalização].
Já aí está a água canalizada,
mas quem sabe lá quando virá – na minha cabeça é no Verão…
A [vocalização] luz ainda foi porque eles não me deixaram arranjar tão depressa.
Eu queria arranjar logo apenas arranjei a casa,
mas "Ai! Não há dinheiro!
Agora, já s- se se acabar a luz já está.
Bom [vocalização], já é preciso pôr o candeeiro.
Não se vê [vocalização] a comer ou aqui para ver.
"Ah, mas eu estava [vocalização] não havia dinheiro".
"Mas houve dinheiro, não houve"?
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