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Monsanto, excerto 40

LocationMonsanto (Idanha-a-Nova, Castelo Branco)
SubjectA agricultura
Informant(s) Ambrósio
SurveyALEPG
Survey year1980
Interviewer(s)Gabriela Vitorino
TranscriptionSandra Pereira
RevisionErnestina Carrilho
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationCatarina Magro
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF Pagava aquilo que a gente tratava.
[2]
Eles depois, quando [vocalização] quando arrendavam a terra [vocalização] a terra a uma pessoa, dizi- diziam logo: "Você há-de-me dar tantos alqueires".
[3]
"Há-de-me dar tantos alqueires".
[4]
Bom, a gente ia,
[5]
semeava a semeava a terra.
[6]
Vinha a colheita.
[7]
Se a semente está boa, a gente ia e levava-lhe aqueles alqueires que tínhamos tratado.
[8]
Se a semente estava reles ruim, é como digo: "Ó Senhor de tal, olhe que a semente não prestava" ou assim
[9]
"veja se me perdoava alguma coisa".
[10]
" vindes vós com o perdoar.
[11]
Olha , ficarás mal,
[12]
traz-me tantos alqueires".
[13]
Bom, tirava às vezes [pausa] dois alqueiritos do que a gente tinha tratado.
[14]
INF Não havia.
[15]
Quando a gente fazia o trato: "Bom, a terra é tua,
[16]
mas dás-me dás-me tantos alqueires".
[17]
Mas era aquele ano.
[18]
Para o outro ano, se se tornava a fazer, fazia fazia-se.
[19]
Se não tornava a fazer, não fazia.
[20]
M- Bom, mas aquele ano tinha que pagar a renda.
[21]
Se não pagava a renda, não a tornava a fazer.
[22]
E não lhe podia dar nada ao senhorio.
[23]
Mas ele depois a terra nunca mais
[24]
Nem me arrendava aquela nem mais nenhuma .
[25]
INF Sempre tinha que fazer o contra-.
[26]
Ou pouco ou muito, sempre tinha que fazer contas com ele.

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