Representação em frases

Moita do Martinho, excerto 8

LocalidadeMoita do Martinho (Batalha, Leiria)
AssuntoA criação de gado
Informante(s) Cassiano

Texto: -


[1]
INF A guardar as ovelhas, se era pastor de ovelhas;
[2]
e se era de cabras, dizia que andava a guardar as cabras.
[3]
INF Sim, sim, sim.
[4]
INF Ia de manhã
[5]
e vinha à noite.
[6]
Quando é na época do Verão, vinha-se à ao meio-dia [vocalização] com o gado ao curral, porque fazia muito calor.
[7]
E o gado nem nem pastava
[8]
porque o porque o calor era muito,
[9]
e o e o pastor também não se aguentava muito bem por com, com com o calor.
[10]
E depois vinha
[11]
e abriam o gado assim mais rente à noite, mais pela fresca,
[12]
e iam levar as ovelhas até aos bebedoiros, que eram eram chamava-lhe a gente os barreiros pelo pelo campo fora,
[13]
que isso não não, não existe agora.
[14]
Naquele tempo, vedavam a água até ao fim do Verão,
[15]
e agora, conforme a água chega, aquilo rompe-se caminho.
[16]
Porque dizem eles, e eu acredito, que era:
[17]
havia tanto gado,
[18]
pisavam tanto aquilo,
[19]
INF iam pisando,
[20]
aquilo aquilo faz de conta que e- que era um acimentado que faziam co- com as patas dos animais.
[21]
INF Isso deixou de existir
[22]
e agora as lagoas, os barreiros, enchem-se de água,
[23]
daí por quinze dias ou três semanas se não chover não têm nada.
[24]
[pausa] É isto assim.
[25]
INF E levavam-se os bois mesmo também a beber ao [vocalização] aos barreiros.
[26]
Não Não havia poços assim
[27]
INF A maior parte das pessoas não tinham poços que dessem para abastecer esses [vocalização] o gasto da casa.
[28]
Pois levavam os seus bois
[29]
INF para uns barreiros assim além, longe.
[30]
Era Era bois a passar por esses caminhos além, que iam que iam beber aos bebedoiros.

Edit as listRepresentação em textoRepresentação em frases