Representação em frases

Moita do Martinho, excerto 9

LocalidadeMoita do Martinho (Batalha, Leiria)
AssuntoA criação de gado
Informante(s) Cassiano

Texto: -


[1]
INF É lambê-lo.
[2]
Fa- [vocalização] É zelá-lo com a com a língua.
[3]
Era sempre a lamber nele.
[4]
E não eram E não se podia chegar muito perto de alguns,
[5]
que nós tivemos ,
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que eles com aquela soberba
[7]
Eu cheguei a apanhar alguns algumas coisas perigosas com isso.
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Não conhecia.
[9]
Se tinha a vaca por muito mansa até àquela altura, facilitava nela,
[10]
chegava ,
[11]
ele uma vez aconteceu que [pausa] se não me acodem, ela bem [vocalização] bem dava conta de mim, não é?
[12]
INF Pois,
[13]
à cornada, com aquele, com aquele sôfrega, não é?
[14]
INF Com aquela soberba de ter a cria ao , isso abria a boca
[15]
e berrava,
[16]
e corria a gente co- com a cornada, como o toiro, esse, por exemplo, que anda na nas praças de tourear.
[17]
INF E depois passado dois ou três dias, não é nada com elas,
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não é nada disso.
[19]
vol- A vaca volta ao seu outra vez ao [pausa] ao normal, não é?
[20]
INF se prendia e soltava-se.
[21]
Mas às vezes para um homem a prender!
[22]
Porque a gente depois de ela estar umas horas com o vitelo, tornava-se a prender, não é?
[23]
INF E para a levar à prisão é que era o problema.
[24]
INF E isso calhava-me tudo a mim,
[25]
porque os meus irmãos nunca ligaram a isso.

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