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Moita do Martinho, excerto 25

LocalidadeMoita do Martinho (Batalha, Leiria)
AssuntoO moinho, a farinha e a panificação
Informante(s) Castorino Cinira

Text: -


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[1]
De barro quebrava-se o moinho
[2]
e o barro ia logo todo embora;
[3]
e os de cana não,
[4]
caíam
[5]
e não se quebravam.
[6]
E se se quebrassem, a gente arranjava logo outros.
[7]
INF2 É,
[8]
punham os buzinos.
[9]
INF1 Depois a gente quando está- estávamos aqui em casa
[10]
Eu estava aqui
[11]
e sabia se o moinho andava depressa, se andava devagar.
[12]
INF2 Ou não.
[13]
Com aquele Com aqueles buzinos.
[14]
INF1 Com aquilo eu sabia se o moinho andava depressa ou devagar.
[15]
INF1 Às vezes abalava daqui a correr,
[16]
andava a criar os garotos,
[17]
cheguei daqui a abalar
[18]
Esta ia buscar [pausa] carradas de, com a carroça e o burrico,
[19]
ia buscar uma carrada de [vocalização] milho, taleigos duns e doutros, às vezes mais de dez e vinte taleigos em cima da carroça,
[20]
e eu ficava aqui a trabalhar
[21]
e às vezes abalava com os garotos para o moinho.
[22]
Eram vidas apertadas!
[23]
INF2 Ah, isso eram!
[24]
Eram vidas apertadas!
[25]
INF1 E a gente abalávamos
[26]
e íamos íamos
[27]
Eu ia para o moinho,
[28]
depois ela ia ter com a carrada de milho, taleigos dos fregueses,
[29]
e depois às vezes estava ,
[30]
outras vezes não estava .
[31]
Pronto.
[32]
Era Passava-se assim a vida.
[33]
Tinha que ser assim.
[34]
INF2 Naquele tempo era assim.

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