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Montalvo, excerto 2
Text: -
INF1 Isto é [vocalização] rosmaninho.
É coisas que há no [vocalização] – a gente chama-lhe no pinhal.
INF2 Onde há está pinheiros.
INF1 Sabe Sabe o que é que apoquenta muito esta flor, que a procura muito?
INF1 Quando é tu- Mas agora este ano passado houve qualquer moléstia aí na nos enxames, nas abelhas do mel.
Até a gente agora nesta altura que a, que a que a laranjeira está está a desemborralhar, quer dizer, está a abrir a flor, era às vezes um barulho:
vum, vum, vum!, a a andarem de lado para lado.
INF2 Elas procuram-no é as flores da laranjeira.
INF1 Faz falta porque a a própria abelha gala a, a, a aqui as [vocalização] sementes [vocalização] por exemplo da, da da laranjeira, gala –
eu tinha por acaso, tenho até instruções disso, dos engenheiros –
Porque há há duas qualidades na flor, como agora a oliveira,
a gente estamos à espera do tempo, que ela até está um bocadinho atrasada, que não abre ainda –,
há masculino e feminino na favaca.
A menina, se for ver, na favaca encontra:
a feminina tem uma covazinha,
mas tem uma covazinha no meio; e o masculino não é,
é um espigão assim a direito no ar.
E é claro, e que agora abre com o calor, que vem o mês de Maio – que é p- propriamente o mês é é regulado para isso –,
e depois aquilo deita um pó.
Deita assim um pó amarelo.
Já tenho visto às vezes na água aquele, aquela aquele laivo da, da.
INF1 Assim, às vezes, em águas paradas tenho visto aquele pó.
E aquele pó justamente é que gala, [pausa] é que gerece depois a azeitona.
A azeitona, quem diz azeitona, diz qualquer fruto, qualquer de árvore que desemborralha, que é agora principal o m-, mais ou menos, o tempo.
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