Representação em frases
Montalvo, excerto 4
Texto: -
Bom, esta até é pequenina porque, enfim, não teve tempo de nascer.
INF1 [vocalização] É malvas.
Chama-lhe a gente malvas. Dá até às vezes
A gente por exemplo tem qualquer infecção numa perna, numa coisa, numa mão e tudo,
e depois com a água das malvas lavava.
Costumavam a lavar aquela ferida
INF1 Esteve ali um doutor ali numa quinta, que é a Quinta de Santa Bárbara, que eu estive lá,
andei lá a fazer alguns anos o vinho
e de maneira que que ele disse-me se, que que a gente tínhamos o remédio – ele era de mal de peles –, tínhamos o remédio em casa e que íamos gastar o dinheiro à farmácia.
fui lá fazer o vinho alguns cinco anos, a esse senhor, por mandado do meu patrão;
e de maneira que depois ele [vocalização] contava o que era:
por exemplo, tem um qualquer ferida, qualquer coisa,
INF1 qualquer bicho que mordeu, ou qualquer coisa.
aquilo [pausa] desinfecta.
E, e [vocalização] E depois propriamente, se aquilo estiver muito ruim, estiver muito bravo, põe dentro duns de dois trapinhos – que antigamente havia,
agora é gaze, mas antigamente era trapos de linho.
Os velhotes, a gente antigamente usava aqueles trapinhos de linho branco.
E depois metíamos ali um pouco dentro
e tapávamos e tapávamos em cima;
e de vez em quando íamos molhando, a desinfectá-la.
INF1 Ele até nos disse até nos disse,
a mim, até me disse, porque eu, naquela altura, andava assim:
às vezes, eu sofria um bocadito de no estômago.
Porque eu estive uma época em que eu conheço hoje um defeito meu.
e tenho feito exames sobre a minha a minha vida, só por causa cá da minha coisa.
Que eu já fiz oitenta e sete.
Já fiz oitenta e sete, já feitos.
INF1 Já fiz oitenta e sete anos.
E de maneira que eu fazia cá um exame.
como andava lá a fazer a vindima, ele disse: "Olha, rapaz, isso [pausa] é o estômago inflamado.
a gente come qualquer coisa assim que seja reimoso de temperos ou qualquer coisa,
e inflama a garganta do estômago.
De maneira que tu fazes uma coisa –
Tens uns morangueiros tu"…
INF1 "Alguém que tenha morangueiros em qualquer banda, apanhas as folhas,
Tanto que ainda hoje não bebo chá de qualidade nenhuma, nem bebo café, nem bebo leite –
não bebo qualquer dessas coisas –
É o meu desjejum de manhã com umas sopas.
A minha filha – que eu estou em casa duma filha – arranja-me aquilo
e com as sopas e é o meu o meu desjejum.
E graças a Deus tenho-me sentido bem.
Tenho-me sentido bem com saúde.
Não me tem doído nada, nem coisíssima nenhuma.
Diz ele que há criaturas que têm a garganta do estômago mais estreita.
E depois têm – porque a menina já deve ter percebido ou visto –,
às vezes há criaturas que comem qualquer coisa,
É criaturas que têm o estômago, a garganta do estômago estreita.
E quando é para engolir o comer, o coiso, têm que fazer força.
Tanto que a gente às vezes diz assim: "Eh pá, estou embuchado".
Quem bebeu uma pinga de água, ou bebeu vinho, quem bebe vinho, [vocalização] uma pinga de água para desembuchar: "Estou embuchado, oh pá"!,
é criaturas que têm a garganta estô- [vocalização], do do estômago assim um bocadinho [pausa] estreita
INF1 E ele dizia-me para eu gorgolejar a boca e tudo.
INF1 Eu tenho feito exames cá na minha vida.
As meninas vieram aqui ter…
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