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Montalvo, excerto 13
Text: -
INF Antigamente, andava aí um andava um rancho lá na casa de velhos, assim como eu, que eu não sou novo.
Hoje, graças a Deus ainda, ainda me ainda me governo,
Ainda faço qualquer coisa de enxada!
Aí uma horazita ou qualquer coisa, ainda faço.
Porque eu não quero tentar.
Eu às vezes podia a tentar mais, mas não:
quando me sinto enfadado, paro.
Vou-me lá governando assim com estas poucas posses.
E todos os dias saio, a andar para aqui ou para ali, de qualquer banda,
porque eu sinto-me mais mal é das pernas.
Das pernas é que me sinto mais mal.
De maneira que ainda ainda faço.
Ainda faço assim qualquer coisa.
Mas [vocalização] é claro, naquele tempo não se fazia [vocalização]…
A trabalhar, eram uns escravos que aí andavam.
Que andava Andei aí depois,
antes de ir para capataz.
O meu patrão – o pai até desse que lá está agora na quinta – é que é que me pôs lá em capataz, que eu não queria.
Que eu tive sempre quezilha de de governar.
E fui acolá para um sítio chamado…
Coitados dos já acabaram.
Já que é é para lá do [nome próprio].
É entre [nome próprio] e Santa Eulália, pegado à ribeira, da estremadura de Portugal com .
Que é da, da Pertence à casa Sommer, não é?
E um tio meu era capataz ali da casa Sommer – era capataz geral –
e é que me pôs em capataz.
E eu andava lá a fazer um desbaste,
quer dizer, desbaste era [vocalização] arrancar sobreiros…
Barulho de mota Olhe, deixe passar isso, que eu já digo.
INF E eu tinha que estar a ficar com ela dentro dum cesto, lá na quinta, lá na adega, pa-, pa-, p- para a calar, para ela estar calada e para meter a chuchazita na boca.
A chucha era era uma boneca feita com com sopas de coiso, e açúcar dentro.
INF E aquilo ta- atado com um coiso e metido.
Molhava aquilo dentro de dum coiso, com á- um copo com açúcar para meter na boca para se ela calar.
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