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Montalvo, excerto 19

LocationMontalvo (Constância, Santarém)
SubjectNão aplicável
Informant(s) Guilherme
SurveyALEPG
Survey year1991
Interviewer(s)Ernestina Carrilho
TranscriptionSandra Pereira
RevisionMaria Lobo
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMárcia Bolrinha
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF E tenho lidado,
[2]
olhe, tenho lidado com gente da vossa classe.
[3]
INF Com muitos ali!
[4]
Vi-me ali perdido!
[5]
INF Com muitos!
[6]
Tanto faz ser em tudo.
[7]
INF A fazer meloais, a deitar adubos, qualidades, para me para me queimarem, para me estragarem tudo, parte das vezes.
[8]
Uma vez pregaram-me com uma data de ureia adubo , ureia dum num meloal,
[9]
ardeu a semente toda,
[10]
ardeu tudo!
[11]
Estragou-se tudo!
[12]
E disse tanta vez,
[13]
disse ao senhor engenheiro: "Senhor engenheiro, isto não não.
[14]
Estraga tudo!
[15]
Isto não pode A ureia não se pode deitar agora na primitiva!
[16]
Tem que se deitar no fim de a de a planta nascida!
[17]
INF De ser coisa.
[18]
E em volta!
[19]
A seguir à rega.
[20]
Depois de seguir à rega, de- deitar para, para para receber aqueles sais, para puxar e tudo".
[21]
"Não faz mal,
[22]
eu fiz em tal banda assim
[23]
e não fez nada".
[24]
Não fez mal?
[25]
Ardeu a semente toda.
[26]
INF A ureia, que é o adubo mais forte que , que queima tudo ao caminho.

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