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Montalvo, excerto 25
Text: -
vamos arrear aí sobreiros.
Pertence seis homens dar madeira para para, por exemplo, vinte cinco ou trinta homens casquear.
Quer dizer, é tirar tiram a bóia daqueles dos paus que cortam, d– dos sobreiros.
INF Aproveitam a bóia para uma banda
Com umas enxozinhas depois tira-se a casca,
fica a secar e tudo, para depois vender para para as fábricas, e a bóia, para vender para a fábrica e tudo.
E a gente, andam seis homens a arrear – [pausa] chama-lhe a gente arrear – adiante, a cortar madeira.
A gente temos que dar madeira para aqueles homens.
A gente temos que limpar os chaparros pequenos que vão à nossa que não têm madeira.
Ora, o que é que a gente faz?
! O que é que a gente faz?
Um empregado, anda lá o n- o nosso capataz,
mas os homens andam à f- à frente, à vontade, porque sabem que têm que dar madeira para aquela gente.
Mas o, o o dono da propriedade põe lá um homem [pausa] a tomar sentido no sobreiro para não o deixar cortar mais que o ajusto que fizeram do corte dos sobreiros.
INF Um pouco mais ou menos, aquela conta.
Mas a gente andamos levamos ali uma encosta [pausa] de sobreiros por ali fora,
os homens cada um com o seu sobreiro,
[vocalização] Acolá em baixo, o meu camarada tem acolá uma chaparra boa.
Chama-lhe a gente uma chaparra, uma sobreira, e tudo.
Tem ali umas rebaixadas boas,
tem ali madeira boa e tudo.
Mas é claro, o homem que lá anda não deixa cortar lá por onde a gente quer para tirar muita madeira.
O que é que aquele que está acolá em cima faz?
a gente vê que não tem governo,
não tem que fazer negócio nenhuma…
Está aqui este sobreiro, este ramo assim,
eu para tirar aquilo e tal…
Não sei o que é que lhe hei-de fazer.
O outro lá em baixo, tumba, tumba, tumba, tumba, abre as pernas, com a machada:
tumba, tumba, tumba, um talho por baixo nas pernadas, naquela rebaixada.
de encontro àquilo, cai para baixo.
O homem vê cair tanta madeira para o chão,
Mas que está você a fazer, homem?
Ai, o patrão vem para cima de mim,
então você [pausa] entra para aí à à limpeza do chaparro"…
"Mas o que você quer, homem?
Não tinha nada por onde pegar"!
Ele já tinha pregado com ela no chão.
Havia, o Por onde ela havia de ser cortada – sim, por onde havia de ficar limpa –, [vocalização] era a primeira coisa que caía para o chão cortado rente logo de caminho ao caminho, para ele não ver.
Então ficava aqui um pau cego?!
tinha que se deitar para o chão"!
É claro, aquele aquela quantidade de madeira segurava aos homens lá atrás
e a gente levava boa vida lá à frente.
Vê como é as malandrices feitas?!
INF Ao resto, davam cem mil reizitos à gente,
olhe, e ficávamos contentes.
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