Representação em frases
Montalvo, excerto 38
Texto: -
INF1 Há muita maneira de fazer pão
a minha mãezinha ensinou-me assim:
e depois e deitava deitava-lhe sal logo para derreter.
Depois de a farinha estar assim bem…
era só assim um um escaldão,
ficava aquela farinha [vocalização] embolada, mais ou menos.
a peneirava uma pouca de farinha de centeio – que lhe chamávamos a gente a mistura [pausa] de centeio –,
peneirava a farinha de centeio
e depois então com água morna é que lhe amassava então aquela farinha toda, muito bem amassadinha.
INF1 Já disse o fermento.
INF1 Amassava então aquela aquela farinha toda muito bem amassadinha.
Ficava então nem mole, nem dura.
[vocalização] Ficava assim naquela temperatura de eu poder depois lidar com o pão para tender.
Ah, e depois de a fa-, de de isto estar tudo bem amassadinho, [pausa] tínhamos uma masseira – que era uma masseira que era de de madeira;
chamávamos chamávamos-lhe mesmo uma masseira.
E [vocalização] Era assim à maneira dum alguidar,
o que era era em mas-, era em ma- em madeira.
INF2 Um quadrado, em quadrado.
INF1 E [vocalização] depois tapávamos m- com roupa, conforme a gente [vocalização] entendesse.
INF2 Conforme o que aqui estava.
Há mulheres que lhe custa muito a levedar o pão,
mas o meu levedava muito depressa. E [vocalização]
INF2 Dizem que é das mãos das pessoas.
INF1 E E então nã-, nã- não era preciso pôr tanta roupa em cima como certas outras pessoas.
Depois eu ia acender o forno.
ainda aí tenho a tigela de tender –,
tinha uma pá para pôr o pão em cima e deitar para o forno.
INF1 "Deus te acrescente, que é para muita gente.
Deus te acrescente, que é para muita gente".
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