Representação em frases

Montalvo, excerto 49

LocalidadeMontalvo (Constância, Santarém)
AssuntoAs árvores de fruto e os frutos
Informante(s) Guilherme

Texto: -

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INF Ginja.
[2]
INF E há também cereja preta.
[3]
[pausa] Há cereja roxa, assim grande,
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e [vocalização] por acaso temos ali uma cerejeira de cereja preta.
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Até ontem estava lá ao pé dela
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e ta- e estava cheia já de resina –
[7]
tinha assim resina aga- agarrada –,
[8]
e eu estava lá e estava lá o meu so- o meu bisnetozito pequeno,
[9]
começou a pegar comigo
[10]
e depois vai-se agarrar a mim,
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tam- estava só a dizer para mim assim: "Ah compadre resina!
[12]
Compadre resina"!
[13]
A chamar-me compadre resina.
[14]
Aquele maroto!
[15]
INF Levanta Levanta coisas!
[16]
[pausa] Levanta coisas!
[17]
Ele conhece toda a gente!
[18]
Ele sabe logo.
[19]
Uma é a senhora dona isto, senhora dona aquilo,
[20]
conhece toda a gente.
[21]
INF Estas…
[22]
[pausa] Eh pá, eu sei o que é aquilo!
[23]
INF Pois é.
[24]
INF As cerejas?
[25]
INF Ah, é [vocalização] é as tângeras.
[26]
INF Ah, bom, tenho só…
[27]
Bom, isso é a tângera.
[28]
INF Há, há Bom, tenho…
[29]
[pausa] Não há mais nada.
[30]
Não há [vocalização].
[31]
A laranja?!
[32]
INF Só.
[33]
E é E é a tângera.
[34]
Até tenho Mas as minhas tângeras as minhas tângeras são até de duas qualidades.
[35]
São duas.
[36]
INF São até de duas qualidades:
[37]
uma até é mais doce aí que outra.
[38]
[pausa] São.

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