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Outeiro, excerto 12

LocalidadeOuteiro (Bragança, Bragança)
AssuntoO linho, a lã e o tear
Informante(s) Astreia

Text: -


[1]
INF [vocalização] Depois antes de ir então
[2]
Antes até de o espadar, desde que sai do maçadeiro, nós esfregamo-lo com as mãos, muito bem esfregadinho, que é para que o tasco caia.
[3]
Depois, põe-se na na fiteira;
[4]
por exemplo, está aqui a fiteira,
[5]
a gente agarra aqui no, no no linho: "zás, zás" Eu gostava tanto de espadar! Gostava. Eu gosto de tudo do linho! , até que cai o tasco deste lado.
[6]
Depois vira-se [pausa] para o outro.
[7]
Depois vira-se ele o que tenho na mão para baixo.
[8]
Tem que se virar umas quantas vezes até que fica a febra.
[9]
Cai o tasco
[10]
e, depois de cair o tasco, fica aquelas mãozinhas de febra que parecem cabelos.
[11]
Assim, muito amorozinho.
[12]
INF Estriga, depois eu lhe vou dizer.
[13]
Depois é assedado.
[14]
INF É assedado.
[15]
Por exemplo, se quiser [pausa] tirar o linho fino, faz-se desta maneira:
[16]
[pausa] asseda-se duas vezes,
[17]
tem que ser duas vezes assedado.
[18]
Tira-se o Asseda-se o linho
[19]
e tira-se-lhe a estopa.
[20]
Fica a estopa.
[21]
Querendo ele eu por exemplo , querendo ele eu fazer uma teia de sacos, tira-se-lhe a estopa
[22]
Tira-se a estopa para ele tapar os sacos
[23]
e o linho é para para urdir, não é?
[24]
Mas quando se quer fazer uma teia de linho fino, tira-se-lhe a estopa,
[25]
fica aquele linho
[26]
e depois fazem-se estrigas
[27]
[pausa] ou até nem se podem fazer, querendo.
[28]
Põe-se assim num crivo, outra assim em cruz um assim, outro assim, como se põe sempre o linho ,
[29]
e depois até se ata às dúzias antes de o de o assedar, até o atamos assim ao ao espadar.
[30]
E depois então, [vocalização] a gente [pausa] querendo então fazer o linho fino, volta-se a assedar.
[31]
INF Pelo mais fino.

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