Representação em frases

Outeiro, excerto 16

LocalidadeOuteiro (Bragança, Bragança)
AssuntoO linho, a lã e o tear
Informante(s) Astreia

Texto: -

[1]
INF [vocalização] A mi- Não, o meu pai não.
[2]
Lá lhe ofereceram a ele.
[3]
Até já Até já estava em cor de vinho de ser tão velha, a roca.
[4]
INF Era linda, era.
[5]
INF Toda… E depois E depois aqui toda cheiinha de pregos para para pegar as caninhas.
[6]
INF Sei lá.
[7]
A casa era lá para cima,
[8]
aquilo …
[9]
INF Aqui é o roquilho.
[10]
Aqui no meio é o roquilho.
[11]
INF Aqui, aqui, aqui esta parte é o roquilho, assim.
[12]
INF Agora aqui [vocalização], então, isto pertence tudo à roca, não é?
[13]
Daqui para cima é, é é tudo roca.
[14]
Ele aqui Eu, aqui, é é um pauzinho para cima, pronto.
[15]
É amparo de pôr o manelo.
[16]
Por exemplo, agora, a gente tem a estriga,
[17]
[vocalização] põe-na assim na mão,
[18]
começa assim com um pouquinho, zás,
[19]
zás, zás, zás, zás, zás, enrosca, enrosca até que se enrosca.
[20]
Depois de estar enroscado, bate-se isto.
[21]
Vai-se assim com uma mão
[22]
e [vocalização] uma parte bota-se para acá, outra para alá,
[23]
vai-se com o cartapaço,
[24]
ele põe-se por cima…
[25]
INF É.
[26]
Há cartapaços muito lindos!
[27]
Até os faziam das cartas [pausa] de jogar, muito bonitos.
[28]
INF Outras vezes, dum papelão bonito.
[29]
Eu, eu f- Eu sei-lhos fazer os cartapácios.

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