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Outeiro, excerto 36

LocalidadeOuteiro (Bragança, Bragança)
AssuntoO porco e a matança
Informante(s) Astreia

Text: -


[1]
INF Unto e untaça é igual.
[2]
INF O unto é conforme se tira do porco.
[3]
E depois faz-se a untaça.
[4]
Estende-se, por exemplo, aqui assim nesta mesa, a untaça em cima de um pano.
[5]
Bota-se-lhe uma tigela de sal, o que a gente quiser b- deitar.
[6]
Depois começa-se a enrolar, assim de um lado para o outro, a todo, até aquelas bordas, tudo para dentro.
[7]
E depois vira-se
[8]
e fica [vocalização] redondinho por cima.
[9]
E depois vai-se com uma brasa
[10]
Punha-a assim em cima do unto
[11]
e ficava aquilo mais teso.
[12]
Chiava,
[13]
tirava-se a brasa
[14]
e ficava a untaça feita.
[15]
Depois púnhamo-la num tacho.
[16]
INF É como
[17]
Olhe, a untaça é como isto.
[18]
Olhe, isto?
[19]
Porque depois nós fazíamos assim:
[20]
estava estendida, a untaça,
[21]
depois aconchegávamos,
[22]
ficava assim.
[23]
Depois metíamo-la num num tacho como, por exemplo, olhe, tem aquele tacho, além, de cobre
[24]
INF Mete-se ali ou noutro maior
[25]
e depois fica redondinho como fica aqui isto: com paredes dos lados e por cima liso.
[26]
É assim.
[27]
INF [vocalização] Não.
[28]
Depois tira-se, não é?
[29]
Depois de estar o unto pegadinho e teso, que que arrefeça, tira-se, enrosca-se num papel.
[30]
Muitas vezes ainda o pusemos aqui a [vocalização] ao gelo, algum tempo, no tempo dele.

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