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Porches, excerto 3
Text: -
INF Por acaso tenho [pausa] um filho ali em Alcantarilha
e que está lá uma horta – que era da mulher, é claro.
E quando ele casou, [vocalização] foi [vocalização] eu [pausa] ia para lá e tratava daquilo.
Mandei [pausa] charruar [pausa] um tractor [pausa] dois canteiros de terra – mais compridos do que isto, é claro e mais largos – [vocalização] que nunca era semeado de regadio, [pausa] era de sequeiro.
[vocalização] E de maneira que [pausa] semeei lá uns nabos [pausa] e um [vocalização] e uns rabanetes [pausa] e [vocalização] e outras coisas mais – principalmente;
[vocalização] não vale a pena estar a citar muita coisa.
Semeei uns umas leiras de s- de rabanetes.
[pausa] Precisamente, [vocalização] a estrema como o sol faz [vocalização] de sombra, assim [pausa] era, suponhamos, a leira do sequeiro [pausa] com [vocalização] a parte da das leiras que fiz [pausa] no regadio.
E então, os rabanetes nasceram.
Mas [pausa] não tinha [pausa] aonde é que se pusesse uma agulha que não picasse numa tal erva dessas que [vocalização] que eu digo que nasceu.
Porque é que nasceu aqui, na leira, e na, e da e de fora da leira para além, a terra é limpa como tem estado sempre, há tantos anos?
[vocalização] De aonde é que veio aquela erva, [pausa] a semente daquela erva, para nascer ali só [pausa] só na na parte da leira?
Mas [vocalização] como é que veio isso?
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