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Porches, excerto 8

LocationPorches (Lagoa, Faro)
SubjectA saúde e as doenças
Informant(s) Abelino
SurveyBA
Survey year1987
Interviewer(s)Luísa Segura da Cruz
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationCatarina Magro
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF Por acaso, [pausa] tenho-me defendido [pausa] daquilo que sei.
[2]
[pausa] Assim, uma doença, um, um [vocalização] um chá, uma coisa.
[3]
Porque isto é muito é [vocalização] assim;
[4]
esta questão, de [vocalização] [pausa] de chá, [pausa] de doenças, disto e daquilo, de muita coisa [vocalização] ele cura para tudo.
[5]
O que é preciso é a gente dar com elas.
[6]
Agora, muitas vezes, é entregarmo-nos [pausa] às mãos do doutor.
[7]
Não.
[8]
Isto não é condenar o doutor.
[9]
INF Os doutores, eles eles, os homens não são culpados.
[10]
Os homens estudaram.
[11]
[pausa] Mas eles [vocalização] os medicamentos, [pausa] vêm vêm os viajantes,
[12]
vêm com as amostras
[13]
e [vocalização] e, então, depois dali e tal, tal, isto é para isto, isto é para aquilo e é para aquilo
[14]
e os homens, [pausa] sobre os dados que o doente , assim eles receitam.
[15]
Mas receitam,
[16]
não foram eles que fizeram os medicamentos,
[17]
não são eles que fazem,
[18]
[pausa] é o que está na farmácia.
[19]
Será bom?
[20]
Não sei.
[21]
E depois, a gente aquilo falha: "Olhe, isso ponha de parte,
[22]
agora vamos a experimentar isto".
[23]
E vão à experimenta.
[24]
[pausa] Pronto.
[25]
[pausa] Os homens coitados não não têm culpa.
[26]
Não se pode condenar o o doutor.

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