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Porches, excerto 11

LocationPorches (Lagoa, Faro)
SubjectA agricultura
Informant(s) Abelino
SurveyBA
Survey year1987
Interviewer(s)Luísa Segura da Cruz
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationCatarina Magro
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF Não quem semeie;
[2]
[pausa] não quem fazer [pausa] esse serviço [pausa] porque [pausa] o [vocalização] [pausa] ele está tudo muito caro [pausa] e não quem faça.
[3]
Mesmo pagando o dinheiro, [pausa] não quem queira ir fazer, [pausa] porque querem trabalhar nas nas coisas, [pausa] nas obras, [pausa] na construção.
[4]
[vocalização] Trabalham mais do que trabalhavam no campo.
[5]
[pausa] Mas consideram eles [pausa] o trabalho nas obras.
[6]
Consideram aquilo um emprego d- de estado.
[7]
INF E de maneira
[8]
[pausa] Nem para eles, eles semeiam.
[9]
[pausa] Nem para eles!
[10]
Onde é que eles mesmo trabalhandem trabalhando, em ganhando o dinheiro, podiam semear alguma coisinha para eles.
[11]
Enquanto comiam daquilo que eles recolhiam, [pausa] estavam a gozar daquilo.
[12]
Mas não:
[13]
"Eu, tenho muito dinheiro.
[14]
Ah!
[15]
Vou-me à praça
[16]
com-, f- e é mais barato do que andar trabalhando e coiso e tal".
[17]
E não querem.
[18]
ninguém quer trabalhar.
[19]
De maneira que os os campos estão todos abandonados.
[20]
Ninguém [vocalização] faz nada.

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