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Porches, excerto 12

LocalidadePorches (Lagoa, Faro)
AssuntoA religião e as superstições
Informante(s) Abelino

Text: -


[1]
INF Toda a minha vida, [pausa] ouvi falar [pausa] que o mundo, [pausa] antes dos dois mil anos, que acabava.
[2]
E muita gente diz: "Não acaba".
[3]
Ele tem sido da forma que eu tenho conhecido isto todos os anos pior, todos os anos pior, todos os anos pior.
[4]
E as coisas, como os profetas diziam, assim tem ido.
[5]
[vocalização] Sim,
[6]
tem-se ido tem-se ido [pausa] passando.
[7]
[vocalização] E então, quer dizer, o mundo, [pausa] isto isto, isto não acaba.
[8]
Mas isto não teve nem princípio nem fim.
[9]
Mas quero dizer o seguinte:
[10]
é de nossa vida [pausa] bem, eu [pausa] penso nisto porque os outros [pausa] porque tenho ouvido dizer a nossa vida acaba.
[11]
[pausa] Ou seja em fome, ou seja em guerra, ou seja como for, acaba.
[12]
E depois, o passar disto;
[13]
e depois, vem outra geração [pausa] fazer vida novamente.
[14]
É claro.
[15]
E esta vida que nós estamos aqui, agora que mil e tantos anos, bem, que temos esta vida virá outra [pausa] doutra família, doutra doutra geração, formar isto novamente.
[16]
E isto vai-se aproximando.
[17]
Tudo quanto os profetas disseram e escreveram, aquilo [pausa] tem tem-se aproximado tudo.

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