Representação em frases
Porches, excerto 19
Texto: -
INF E eu, naquela conversa, naquela conversa, digo assim: "O quê?
Vocês estão para aí a falar
mas vocês não sabem o que dizem, homem".
como é que as nuvens se formam para chover
e como é que elas se desformam?
mas ago- formou-se aqui uma nuvem
Como foi que essa nuvem se formou?
E como foi qu- que adquiriu água para chover"?
Responde o tal, o ta- o tal fadista: "As nuvens [pausa] formam-se [pausa] e e chove com o bafo da nossa boca".
E formam-se aquelas nuvens com a saliva.
Porque no dia da feira de Agosto, em Portimão, [pausa] o pessoal é muito; começa tudo a bafejar, a bafejar, com o calor e forma-se aquelas tempestades e aquelas tempestades e chove.
E Como no Inverno, anda a gente – toda a gente – com o bafo encolhido,
se as nuvens se formam [pausa] e [vocalização] e vai, vai, vai e se dispersam.
Às vezes, começo eu assim a olhar –
formou-se, além, umas nuvenzinhas –
começo eu a olhar , a olhar, a olhar, a olhar, a olhar
se umas, se é para se formar, vão-se f- formando maiorzinhas
e outras vai, vai, vai, vai, vai, desfaz-se em vento e [vocalização] pff, ficou sem nada.
Mas e-, sobre isto também eu tenho olhado para muito.
mas o meu olho ainda [vocalização]…
De maneira que eu não sei.
Ora [vocalização], andandem na escola, [pausa] se é que o professor [pausa] onde é que, que eles com quem eles estudaram, se é que ensinou [pausa] aquilo [pausa] assim, [pausa] pois não tenho dúvida que é um professor inteligente.
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