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Perafita, excerto 13
Text: -
Primeiro, pois chama-se [pausa] pessoal para pegar nos porcos.
Eles, coitadinhos, a gente cria-os
e depois vê-os vê-los assim morrer à violência;
[vocalização] Eu, [vocalização] fugia!
Eu não os queria ver [vocalização] ap- agarrar, coitadinhos.
A gente [vocalização] chamava-os para o quintal:
"Andai Anda cá, coitadinhos".
Eles, então, deitavam-se ao pé da gente:
A gent- A gente ranhava-os
e eles então abriam as pernas.
[vocalização] Quando eles vinham para os matarem, não era preciso andar atrás deles.
"Pequerruchos, pequerruchos, pequerruchos".
E eles então vinham para o quintal.
[vocalização] mas os homens não estavam lá.
Tinham que estar [pausa] que que ele os [vocalização] porcos não os vissem.
[vocalização] Agarrava logo um numa perna, outro noutra, outro no rabo, outro na- [vocalização] nas orelhas –
Às vezes, ele até botava pouco sangue, porque aquilo era de súbito.
E depois, com uns alguidares, a gente botava-lhe sal, um bocadinho de alho, folha de loureiro, uma es- uma espiguinha de centeio, que era para, para para o sangue [vocalização] tomar melhor.
Depois a gente tinha já os potes da água a ferver;
porque eles depois, [pausa] dês que estão os porcos [pausa] já mortos, [vocalização] tratam de de lavar um lado, não é?
Quando o viram para o outro lado, tem que a gente vir com um prato de de sangue cozido [pausa] e uma, e uma garra- uma caneca de vinho e uns copos num prato, para eles comerem comer o bocado de sangue cozido e a pinga.
Depois lavavam o out- Quando lavasse lavassem o outro lado, [pausa] tornavam a beber,
[pausa] mas já não comiam sangue.
penduravam-se pendurava-se até [vocalização] alguns aqui, outros em baixo.
Chegámos a matar aos quatro.
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