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Perafita, excerto 21

LocalidadePerafita (Alijó, Vila Real)
AssuntoA vida humana
Informante(s) Agar Ausenda

Text: -


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[1]
INF ah, pois, o meu filho.
[2]
Eu, eu queria ficar zangada com eles, ao menos uma temporada,
[3]
mas o meu filho disse-me assim: "Ó mãe, a senhora tem que ficar contente com todos.
[4]
Não se pode ficar raivoso.
[5]
Deixe .
[6]
Nós ficamos com a casa que é esta casa, tenho em baixo outra ,
[7]
nós ficamos com a casa
[8]
e eles ficam com o resto das terras".
[9]
Olhe que eu não fiquei nem com uma hortinha onde plantar uma couve.
[10]
Ficaram eles com tudo.
[11]
[pausa] E eu fiquei com esta casa.
[12]
Mas fui eu [pausa] e os meus filhos quem a compusemos,
[13]
que foi tudo abaixo, que era de paredes, como está aqui, de paredes, e aqui eram quartos de madeira.
[14]
Está madeira debaixo deste quarto, desta casa.
[15]
Ainda nem se queimou nem se utilizou.
[16]
E os meus filhos E os meus filhos e o meu genro foram quem compuseram isto tudo.
[17]
E pagámos a, a quem.
[18]
Foi tudo composto,
[19]
mas foi o que eu fiquei.
[20]
E eles têm bons lameiros.
[21]
Lameiro bom que [pausa] que lhe bons contos.
[22]
[pausa] E assim.
[23]
Mas depois aborreceu-se muito
[24]
e depois ficou assim.
[25]
Mas o meu filho pediu-me muito [pausa] para ficar contente: que não se podia andar raivoso.
[26]
"Deixe ,
[27]
não vale a pena.
[28]
Nós [pausa] não enriquecemos assim.
[29]
Cada um tem de [vocalização] o ganhar onde estiver
[30]
e [vocalização] deixe as terras.
[31]
Não se importe".
[32]
E não quis.
[33]
E nós ficámos com isto.
[34]
E pronto!
[35]
E depois, ficámos contentes, que ele não quis que a gente ficasse zangada.

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