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Perafita, excerto 28

LocalidadePerafita (Alijó, Vila Real)
AssuntoA religião e as superstições
Informante(s) Agar

Text: -


[1]
INF O meu homem esteve doentinho tantos anos, tantos, tantos, tantos
[2]
e eu não andei em bruxedos, nem em lado nenhum, porque ninguém o curava.
[3]
Ainda fui a Porto de Rio com ele
[4]
e bem ainda gastei.
[5]
E [vocalização] E , havia uma mulher, que ela veio do Brasil, e diz que curava tudo;
[6]
e meteu-lhe as mãos ao meu marido, que ele era da espinha tinha um colete de gesso um colete de gesso
[7]
[pausa] e ela meteu-lhe aqui as mãos, por aqui,
[8]
e queria que lhe eu tirasse o colete.
[9]
Digo: "Não, não tiro que senão depois tenho de ir a C-".
[10]
Foi a Coimbra [pausa] duas vezes botar o colete [pausa] de gesso, porque a doença era na espinha.
[11]
E [vocalização] e ela tinha Ela metia-lhe a mão por ali:
[12]
" [vocalização] A senhora tem que lhe tirar este colete.
[13]
Se lhe lho não tira, não cura".
[14]
Digo: "Não, o colete não lhe tiro.
[15]
Porque senão tenho de lhe ir botar outro".
[16]
Que depois ele não podia andar.
[17]
E [vocalização]: "Ah, não têm tem ".
[18]
E pronto.
[19]
E Eu vim-me embora com ele.
[20]
Viemos embora.

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