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Perafita, excerto 31

LocationPerafita (Alijó, Vila Real)
SubjectA religião e as superstições
Informant(s) Agar
SurveyALEPG
Survey year1992
TranscriptionSandra Pereira
RevisionErnestina Carrilho
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationCatarina Magro
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF Digo esta oração toda no meio de cada mistério, a rezar o terço, à noite, quando se vai à [pausa] casa do morto e reza-se por a- por aquela pessoa
[2]
e digo esta oração cinco vezes.
[3]
Em cada mistério sua sua vez.
[4]
E muitos não dizem nada disso,
[5]
não a sabem.
[6]
Nem a rir.
[7]
Foi uma mulher, que esteve a servir em ca- em casa duns padres [pausa] e mulher é de Maçada até
[8]
e depois aprendeu
[9]
e ensinou-ma.
[10]
E eu escrevi-a num papelinho
[11]
e aprendi-a.
[12]
Depois, durante esse tempo todo, eu era que ia rezar a casa dos mortos quando morriam.
[13]
Mas agora, [pausa] não [vocalização] podia.
[14]
Tinha medo de me equivocar.
[15]
Porque a gente Olhe, viu agora que [pausa] que que eu ia a dizer e [pausa] parei?
[16]
Que [pausa] a gente fica equivocada,
[17]
e depois está muita gente,
[18]
e [vocalização] não tinha,
[19]
não tinha cabeça.
[20]
sendo muito, muito, muito, por muita necessidade,
[21]
ao mais não não vou fazer nada dessas coisas.
[22]
E agora muita gente nem quer [pausa] que estejam ao dos mortos e a rezar.
[23]
Não quer estar a rezar.
[24]
Depois a gente, está assim a gente, a casa cheia de gente, não é,
[25]
e os donos bem gostam [pausa] que rezem.
[26]
Mas eles não gostam de estar a rezar,
[27]
querem
[28]
mas é estar a rir-se e a conversar.
[29]
[vocalização] As senhoras bem devem saber, que é assim por ,
[30]
mas primeiro aqui era assim.

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