Representação em frases
Bandeiras, excerto 7
Texto: -
INF É a carne de vaca e também galinha.
Olhe a senhora aí, ontem foi dia de Pão por Deus,
com- guisei foi uma galinha.
[vocalização] Estive-a amanhando
fiz a minha de vinha-de-alhozinhos,
e depois deitei-a dentro da panela de pressão com os seus temperinhos,
Tem que se fazer conta à vida.
Não se pode só chegar à carne da vaca, que ela está cara.
INF Mato sempre um porquinho todos os anos.
[pausa] Mato então sim senhora.
INF [vocalização] A gente pica aquela carninha dos lombos, dos quartos, das pazinhas
e deitamos-lhe a nossa malagueta, os nossos alhinhos machucados, a nossa malagueta, e o seu vinagrinho, e o seu salinho.
Vamos mexendo aquilo dois, três dias, de manhã e à noite,
E as [vocalização] tripinhas que é mesmo do porco, a gente mete-as caldeado com aquela carne para não ficar salgada, para ser saborosa.
Acabante quatro, cinco diazinhos é que a gente enche a nossa linguiça.
Põe-se nuns pauzinhos, na rua, a escorrer aquele sumo;
e depois quando é ali à noite, a gente põe no nosso fumeiro,
faz-se um lumezinho de baixo para ela enxugar.
E depois vai-se fazendo a nossa sopinha, numa grelha, com a lenha,
vai-lhe dando aquele [vocalização] aromazinho pelo ar do calor,
e é que ela vai enxugando.
Acabante já de oito dias, quinze dias, já está rosadinha que é gosto de ver.
Ele o fumeiro então é só dois pauzinhos que a gente põe.
Ele é duas vergas e dois pauzinhos atravessados
e vamos pondo a linguiçazinha estendida, ele quando se acende o forno ou se faz a sopinha.
Porque ele aí nessa altura a gente não usa o fogão;
faz-se é: uma grelha com a nossa lenha para dar aquele calor para enxugar a linguiça.
Claro que o fogão não dá calor para enxugar a linguiça.
Com lenha é que a gente faz.
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