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Ribeira do Meio, excerto 30

LocationRibeira do Meio (Lages do Pico, Horta)
SubjectO porco e a matança
Informant(s) Celestina
SurveyALEPG
Survey year1979
Interviewer(s)Manuela Barros Ferreira
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationSandra Pereira Márcia Bolrinha
LemmatizationMárcia Bolrinha

Text: -

[1]
INF [vocalização] A carne melhor de quarto e também faz-se com lombo de porco.
[2]
Lombos!
[3]
INF Os torresmos com gordura é do toicinho do porco.
[4]
Do toicinho.
[5]
INF Faz-se sim senhora.
[6]
Que eu também tenho ali dentro do frigorífico.
[7]
INF Não.
[8]
Há pessoas que deitam em banha.
[9]
Eu até, disseram-me que era bom deitar [vocalização] no frigorífico dentro em malgas
[10]
e eu deitei em malgas, em baixo.
[11]
Por acaso, está ainda bom,
[12]
agora não tiro.
[13]
Agora há quem deite em gordura.
[14]
Tanto linguiça conforme os torresmos e tudo guardam na gor- na própria gordura do, do do porco.
[15]
INF Olhe, em em nossa casa…
[16]
Há casas que usam muito [vocalização] caldas e colorais e tudo o mais.
[17]
Eu nunca deito disso.
[18]
Eu meto em verde na linguiça
[19]
e eu não tenho vergonha de de, de pô-la em ca- diante de qualquer pessoa para comer.
[20]
É malagueta e alho bastante é que eu ponho, e sumo e [vocalização] e vinho branco.
[21]
Agora é vinho branco, que eu prefiro melhor este que vem de fora que esse aí de casa.
[22]
Eu tenho medo do de casa porque uma vez eu fiz linguiça com o de casa e ela não ficou capaz.
[23]
Então gosto mais do de fora, do vinho de fora, vinho branco.
[24]
INF Aqui, não se usa;
[25]
agora, no continente, usa-se.

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