Representação em frases
Camacha, excerto 11
Texto: -
INF1 Chega-se ao Natal, oito dias antes do Natal, quinze dias antes do Natal…
INF1 É o dia da morte do porco.
INF1 Amassa-se o nosso pão.
Quem tem pão, farinha de casa.
põe-se o nosso pão, dum dia para outro, preparado.
Ti- Quem tem vinho tira dois, três garrafões de vinho,
INF1 E o que é que se faz?
INF1 Vem matar o porco, já se sabe…
INF1 É o matador [pausa] é o matador.
Faz-se, olhe, faz-se o nosso comer, ou o nosso almoço…
Quando o porco é morto de manhã, [pausa] faz-se almoço de [vocalização] às vezes de peixe, que é por causa de na parte da tarde ser o sarapatel, [pausa] da fressura do porco.
E quando é na parte da tarde, é espera-se que eles abram o porco e tire tirem a fressura – como a gente lhe chama –,
já temos o sangue a escaldar, [pausa] para [vocalização] esfarelar, para deitar naquele guisado
e depois está o guisado pronto.
[pausa] Põe-se tudo na mesa, com semilha, com cenoura, com a…
eles pegam com uma cordinha,
aí uns quatro ou cinco homens deitam o porco no chão e [vocalização] [pausa] …
INF2 Mas até é engraçado.
É qualquer uma rapariga que [vocalização] não tenha [vocalização] , ou rapaz, que não tenha medo!
INF2 Uma vasilhinha qualquer.
INF1 Leva uma banheirinha.
E chega a dentro de casa,
a gente faz-lhe uma cruz, naquele sangue,
INF1 Uma banheira sem nada dentro.
Aí chega-se a dentro de casa,
faz-se [pausa] uma cruz naquele sangue,
e depois descansa um pedacinho;
aquece-se a água na panela
e deita-se a água dentro da panela ,
[pausa] deita-se aquilo dentro da panela,
depois esfarela-se, noutra vasilhinha [vocalização], fora, noutra banheirinha
e depois – quando [vocalização] a fressura [vocalização] também [vocalização] vem do porco – [pausa] é deitada dentro da panela para escaldar.
dá-se-lhe um banho em água fria para arrefecer, para a gente cortar tudo aos bocadinhos e [vocalização] cozer com cenoura, com semilha ou com tomate ou…
INF1 Isso é que é o sarapatel.
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