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Porto de Vacas, excerto 12
Text: -
chamava a gente o alguergue.
Era em [vocalização] em cimento, assim [vocalização], em cimento ou na fraga dura,
porque a gente, ele tinha ali assim um coiso redondo, assim onde se punham as seiras,
e de lá vinha a caleira, directa à à tarefa,
e naquela tarefa, primeiro não é que primeiro, não é o que aparava o azeite…
A gente dali passava-o para outra –
é que, ele na tínhamos ele era umas d- duas.
Tinha, tinha Vinha de baixo da vara o azeite a correr para aquela,
aquilo eram ele uns potes grandes –,
tinha o sangradouro por baixo,
a gente sangrava para um outro canal que havia para baixo san–.
INF [vocalização] Assim por baixo do lá do piso do lagar, havia um a- um augueiro para mor de sair aquela água para fora.
INF Assim um [vocalização], um dum auganal, como a gente cá chama.
e a gente sempre tinha um espiche lá na no fundo daquele pote,
quando ia subindo, a, a tinha água…
Aquilo ele tem água sempre por baixo,
o azeite vem sempre para cima,
e a gente ia sempre sangrando aquele azinhavre por baixo
e o azeite entrava por cima.
Depois passava-se então para o outro é que, é que.
No outro po- Na outra tarefa é que era metido o azeite.
INF Era só o azeite puro.
A gente ia-o passando a pouco a pouco, devagarinho…
Ele E fazia-se a calda primeiro!
E depois no fim de fazer a calda…
Porque agora o azeite não é caldeado como era naquela altura.
Naquela altura era caldeado nas seiras,
aquilo é que era com água a ferver,
[pausa] Era sempre caldeado.
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