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Porto de Vacas, excerto 18

LocationPorto de Vacas (Pampilhosa da Serra, Coimbra)
SubjectA vinha e o vinho
Informant(s) Benedito
SurveyALEPG
Survey year1995
Interviewer(s)João Saramago Gabriela Vitorino
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationCatarina Magro
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF Nós aqui usávamos por cima do carro dos bois uma dorna,
[2]
e e ainda se ainda se levavam
[3]
Em sítios onde o caminho era bom, ainda levavam um [vocalização] uns canastrões, destes canastrões, destes cestos de madeira,
[4]
que ainda traziam quatro, dois de trás e dois diante da dorna, por cima do do tiro do carro do chedeiro do carro.
[5]
INF Era [vocalização]:
[6]
botavam-se para dentro da dorna e [vocalização] esmagar.
[7]
Agora é tudo
[8]
Em primeiro eram pisados com os pés;
[9]
agora é tudo com
[10]
INF Era para dentro da dorna
[11]
e era tudo metido .
[12]
INF Não, não.
[13]
Portanto, enchi- enchia-se uma,
[14]
botava-se para dentro de outra.
[15]
Tinham várias dornas.
[16]
Ele [vocalização] quem tinha um rebanho deles tinha uma, duas, três, quatro, conforme as que eram precisas.
[17]
INF Iam para dentro
[18]
Pisavam até assim perto do meio,
[19]
[vocalização] com a e depois esmagavam fora dentro dum dum outro tareco,
[20]
e botavam para dentro da dorna até encher.
[21]
Em enchendo aquele, botava-se para outro.
[22]
INF Isso ficava dentro até fermentar;
[23]
e em fermentando,
[24]
INF tirava-se o vinho, e fa- e fazia-se a aguardente bagaceira.

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