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Serpa, excerto 3
Text: -
Quando, quando Dês que fica coalhada, a gente chama-lhe gelo.
INF Isso chama-lhe a gente coalhada.
INF Esses bocados, chama-lhe a gente: "É um bocado de gelo" – água coalhada.
INF Ou que seja o ca-, o cara- isso, o caramelo.
Mas a gente diz é : "Um bocado de gelo" – seja ele um bocado de caramelo.
[pausa] Isto tanto se se aplica duma maneira como se aplica doutra.
Qualquer das maneiras que uma pessoa diga para outra, percebe o que é, o que quer dizer aquilo – que se- [pausa] que seja "um bocado de caramelo", como seja "a água está coalhada".
INF I- Isso [vocalização] é a chuva de neve.
Por acaso, [pausa] já caiu aqui na nossa região por duas vezes.
Foi só a única vez ainda que se conheceu aqui, porque aqui para este margem não dá.
[vocalização] Foi duma vez [pausa] em 45,
[pausa] e parece-me que foi depois em em 53 [pausa] que caiu aqui neve.
Andava a trabalhar no campo – até na, na na limpeza do alvoredo.
Uma foi no dia quinze de Fevereiro
e outra parece-me que foi a [vocalização] a vinte de Janeiro, se não não estou em erro.
INF Primei– Primeiramente começou a cair em coisa pouca aquelas pastinhas.
Parecia pastinhas de algodão, [pausa] aquela coisa pouca, aquela coisa pouca.
E volta e meia a rajar mais e a rajar, até que chegou a pontos, tapou-se tudo.
A gente já deixava de ver os terrenos, de se vermos uns aos outros,
já começou a cair aqueles trojões grandes
já eles diziam: "Tal não é os trojões de neve que já cai"!
Pareciam pastas de algodão, já quase tamanho da mão de um homem!
É que eles Aquilo [vocalização] a ficarem ligados um ao outro, um homem chega a pontos que o campo põe-se tudo direito.
Não se sabe por onde é que um homem há-de passar
e as ruas não se conhecia nada.
"Os terrenos estão tapados de neve".
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