Representação em frases
Serpa, excerto 16
Texto: -
INF Ficava [pausa] separado.
[pausa] Levava umas quantas voltas.
INF Depois levava primeiramente ali um bocado, uma hora ou duas, conforme se via.
Por sua vez, o encarregado dizia assim: " [vocalização] Vamos meter as pontas para dentro".
Aquilo [pausa] chamavam-se as pontas para dentro porque aquilo dos animais – ou fosse com [vocalização] com o trilhado –, aquilo começava a sair para fora.
Lá ia a gente com uma com uma forquilha…
E então, empurrava-se assim.
Chamava-se as pontas para dentro,
E depois com uma com uma vassoura, varria-se o trigo sempre assim para dentro, a varrer.
INF [vocalização] "Vamos varrer o solo".
"Vamos lá varrer o solo".
E como: "Vamos lá meter as pontas para dentro".
Ali [vocalização] Aqui era era varrer.
Depois daquilo, se dava-se volta.
a gente pegávamos na forquilha,
Lá voltava, até que o voltava todo.
os animais começavam a trabalhar normalmente.
Quando via que estava completamente já todo bagulhado – ouviu? –, o que é que se fazia?
Atirava-se a palha ao ar.
INF [vocalização] "Vamos limpar".
[pausa] Joga-se a palha contra o vento.
Se o vento está daqui, a gente leva a forquilha a este lado e joga-o para aqui.
Porque o bago vai para aquele lado e a e a palha avoa para para a frente.
E então tem de se começar:
se o vento está deste lado, a gente começava a jogar a palha ao ar deste lado, que é para a ir levando sempre para diante, sempre para diante.
Quando chegava aqui [pausa] a esta ponta, já o que vinha ficando atrás estava limpo.
Depois de estar limpo, junta-se,
vamos fazer [pausa] num monte.
INF Da, s- Separado da palha, porque o vento é que a é que a levava.
INF Aquele pó, aquilo é a moinha.
Bom, aqui a gente, mais ou menos, é o pó
e depois quando quando estava junto quando estava junto é que saía outro,
chamava-lhe a gente as moinhas.
INF Porque a [pausa] [vocalização] Era limpo também.
Isso também saía novamente depois ao vento;
INF Porque isso é que é a tal moinha, que é a tal camisa que estava a que está segurando o baguinho de trigo, que é a tal camisa que segura o bago de trigo.
Que é isso depois, no fim – que aparece toda junta no fim – um, que que lhe se chama a gente a moinha.
[pausa] É a moinha, que é só a a própria [pausa] camisa do do baguinho de trigo, onde o bago de trigo foi criado.
INF Isso depois tirava-se com uns ancinhos.
[pausa] Com o tal ancinho talvez…
Que o vento é que ia soprando e a gente ia puxando.
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