Representação em frases
Santo André, excerto 12
Texto: -
INF Vinha um senhor de Lisboa para aqui
e vinha todos os anos passar férias.
[pausa] Férias de Lisboa, aqui, n- neste tempo!
E um domingo toca o sino.
Cá, por exemplo, vá, toca de bombo para ir à missa, quem quer ir.
E o homenzito, coitadito, até era manquito – ele na minha casa não bebeu – ,
e aprontou-se num instantinho para ir à missa.
Ora, cá não há casas de de esgoto.
Não há casas de nada disso.
É uns para aqui, outros para ali, para onde se escapam, ao esconderijo.
E o homenzinho deu-lhe vontade –
pois dá a todos – de ir dar de corpo,
e vai num instante ao pé da igreja,
escapa-se ali a um [vocalização] a um sítio esconderijo.
E lá, depois, [pausa] foi limpar no – para lhe pedir licença –,
e enrodilha as suas urtigas.
Nós lhe chamamos urtigas.
INF Olhe, chama-se-lhe as urtigas.
Então olhe, bote-me aqui outra pinga,
mas olhe que não lhe ensino mais nenhuma.
Já que não vocês não me ensinam a mim…
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